Igreja é atacada e pastor é preso em Madhya Pradesh

Portas Abertas • 17 mai 2006


Extremistas hindus atacaram uma igreja independente em Gauri Nadi, a cerca de 12 quilômetros de Jabalpur, cidade do Estado do centro-norte do país, Madhya Pradesh. A multidão agrediu um membro da igreja e deu queixa na polícia contra o pastor "por converter hindus à força".

Cerca de 50 membros do Exército de Reavivamento Religioso (Dharam Jagran Sena) atiraram pedras na igreja Anant Jeevan Marg. Depois de um culto de domingo, uma multidão, com slogans anticristãos e com acusações de conversões ilegais, invadiu a igreja, quebrando móveis e equipamentos.

Os vândalos agrediram Dinanath Tiwari, de 35 anos, cuja esposa foi recentemente curada de câncer depois de uma campanha de oração por ela. O grupo disse que Dinanath não deveria ter se tornado cristão. Dinanath ficou ferido no rosto, mãos e joelhos. Ele foi levado ao hospital do governo para receber os primeiros socorros, além de um exame médico completo.

A multidão também molestou o pastor Munnu Kujur, que por repetidas vezes negou que sua igreja convertesse forçadamente as pessoas. Os extremistas ameaçaram atirar ácido nele e bombas em sua igreja caso ele não parasse de converter hindus.

A multidão levou Bíblias como "prova" de que a igreja estava promovendo conversões ilegais através da distribuição das Bíblias. Depois, levaram o pastor Munnu para a delegacia de Barela, para registrar uma queixa contra ele.

Quando chegaram à delegacia, Munnu foi preso imediatamente pela polícia por acusações de práticas religiosas ilegais sob o Ato Hinduísta de Liberdade Religiosa de Madhya Pradesh.

Sem provas

Em seguida, membros da igreja e líderes cristãos foram até a delegacia e registraram uma contra-queixa, tendo Dinanath como reclamante.

No boletim, os cristãos citaram os nomes dos agressores - Yogesh Agarwal, Sudhir Agarwal, Kedar Namdev e Indra Bhan - que anteriormente atacaram uma igreja doméstica da Assembléia de Deus e depois deram queixa contra sete membros da igreja.

A delegacia de Barela não liberou Munnu até que um advogado da Associação Jurídica Cristã da Índia (CLAI) convocasse o sub-inspector Vaishnav e pedisse provas contra os acusados, disse o secretário da CLAI, Lansinglu Rongmei.

"Vaishnav alegou que estava aguardando que os cristãos comparecessem para assinar o pedido de fiança", acrescentou Rongmei.

Imediatamente cristãos locais se dirigiram à delegacia e assinaram o pedido de liberação para Munnu, que foi liberado à noite. A polícia estava investigando a reclamação feita contra ele.

Já se tornou comum que os extremistas ataquem igrejas e depois registrem queixa na polícia por atitudes ilegais, mencionou uma fonte local do Compass.

Essa mesma fonte disse ainda que pelo menos 15 desses tipos de incidentes ocorreram desde o início do ano na região de Jabalpur.

Apear de várias garantias do superintendente da polícia de Jabalpur Srinvas Rao, a incidência dos ataques e as falsas acusações contra cristãos continuaram a aumentar.

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