Líder eclesiástico chinês sofre abusos na prisão

Portas Abertas • 6 jun 2006


A Associação de Ajuda À China (CAA, sigla em inglês) soube recentemente que Gong Shengliang, um líder religioso da Igreja do Sul da China e que está preso, foi espancado de novo na prisão Hong Shan, província de Hubei. O lado direito do rosto de Shengliang ainda está inchado. Segundo sua irmã, Shengliang não conseguiu mexer a boca por três dias, e sofreu perda auditiva em seu ouvido direito.

No dia 18 de abril de 2006, a irmã mais velha do pastor Shengliang, Gong Shuqin, e sua irmã mais nova, Gong Shuzhen, foram à prisão Hong Shan para visitá-lo. Elas descobriram então que o lado direito do rosto do pastor estava inchado. Shengliang disse que o carcereiro incumbiu um prisioneiro chamado Lei de vigiar Shengliang dia e noite e de prestar relatórios dele ao carcereiro. O pastor contou que, no dia 21 de março, Lei o espancou sem motivo. Essa agressão fez com que o rosto de Shengliang  inchasse, e ele sentiu dores por três dias.

Shengliang sofre seriamente em seu físico e em seu espírito. O prisioneiro que o agrediu não recebeu nenhuma punição. Pelo contrário: ele foi elogiado pelo carcereiro, enquanto Shengliang  era punido por perder dois pontos por mérito, os quais ele havia ganhado no ano passado.

Quando Shengliang apelou ao líder da prisão e pediu que o prisioneiro que o agrediu fosse transferido para outro grupo, o líder se recusou e só mandou que o outro prisioneiro se desculpasse, para "encerrar" o assunto.

Cartas retidas

Shuqin, irmã mais velha de Shengliang, pediu para ter um "jantar em família" com seu irmão. As autoridades da prisão rejeitaram e lhe deram apenas dez minutos para falar com ele. Os livros cristãos que foram enviados para Shengliang  também foram proibidos. Isso, na verdade, priva Shengliang do seu direito à liberdade religiosa dentro da prisão.

A família de Shengliang não teve mais notícias sobre ele há um ano, porque as cartas que mandavam eram retidas pela prisão. O guarda carcerário até ameaçou suspender as visitas de Shuqin: "Você é apenas uma irmã do prisioneiro, temos o direito de rejeitar seus pedidos de visita".

Em junho de 2003, Shengliang sofreu de forma parecida na prisão Jingzhou, onde ele foi espancado até desmaiar e sangrar. Ele quase ficou surdo do ouvido esquerdo, e perdeu a audição por falta de cuidado médico. Depois de um forte protesto feito pela comunidade internacional, ele foi transferido para a atual prisão.

A CAA soube depois que o caso de perseguição à Igreja do Sul da China foi relatado em 2001. As autoridades de Hubei estão engajadas em abusos e torturas extremamente desumanos contra os membros da Igreja do Sul da China. Eles tentaram iludir a comunidade internacional através de canais diplomáticos e com o uso de alguns membros iludidos da igreja.

O governo chinês tentou chamar a igreja de "seita diabólica". Depois de uma extensa investigação independente, a CAA concluiu que o governo chinês e suas agências abusivas devem ser responsabilizadas por essa perseguição religiosa e tortura em massa contra os membros da Igreja do Sul da China.
 
O presidente da CAA, Bob Fu, disse: "A Bíblia ensina aos cristãos a amarem os outros como a si mesmos, e até a amar os nossos inimigos. Qualquer pessoa que agir de forma contrária a esses ensinamentos deve assumir uma responsabilidade espiritual, moral e legal". Enquanto isso, ele pede ao governo chinês para responsabilizar os culpados de acordo com a lei, para respeitar os direitos constitucionais dos prisioneiros, permitindo assim que o pastor Shengliang receba o tratamento médico necessário.

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A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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