Três líderes religiosos chineses são condenados à morte

Portas Abertas • 8 jul 2006


Segundo a Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês), no veredicto do primeiro julgamento de um controverso grupo religioso, três líderes foram sentenciados à morte por assassinato. Outros três tiveram suas sentenças de morte suspensas por dois anos. Todos estão envolvidos no mesmo caso, que teve o veredicto emitido pelo primeiro juiz Liu Qingyi, do Tribunal Popular Intermediário da cidade de Shuangyashan, no dia 28 de junho. Os advogados receberam a sentença no dia 5 de julho. Outras 11 pessoas, do mesmo caso, receberam sentenças de prisão que variam entre 3 a 15 anos.

Os três sentenciados à morte são Xu Shuangfu (60 anos), Li Maoxing (55 anos) e Wang Jun (36 anos), e os outros com a pena de morte suspensa são Ben Zhonghai e as mulheres Zhang Min (35 anos) e Zhu Lixin (37 anos)
 
Xu Baiyin, filha de Shuangfu, foi informada pelos advogados sobre a pena de morte de seu pai. Ela disse à CAA que acredita na inocência de seu pai, e afirma: "A verdade será revelada um dia, perante o trono de juízo de Deus, mesmo que a justiça não tenha sido feita nesta vida". A CAA soube que Shuangfu deu instruções aos seus advogados para continuarem a apelar perante a Alta Corte.

Os dois advogados de defesa do grupo acreditam que seus clientes não são culpados segundo as evidências do governo. De acordo com a declaração da defesa, os dois advogados acham que a confissão de Shuangfu foi obtida através de severa tortura.
 
Conforme a acusação do processo, no período de 2002 a 2004, Shuangfu, com mais 16 de seus principais líderes, assassinaram 20 líderes do grupo religioso Relâmpago Oriental. Shuangfu também foi acusado de defraudar sua congregação em mais de 32 milhões de iuanes (4 milhões de dólares).

Proteção dos direitos constitucionais
 
Shuangfu é o líder do grupo religioso chinês conhecido como Três Graus de Servos, com mais de meio milhão de seguidores em todo o país. A CAA acredita que, apesar de muitas pessoas da principal igreja chinesa identificarem o grupo de Shuangfu como uma seita doutrinária, os direito constitucionais deles devem ser protegidos.

Enquanto isso, mais uma pastora de uma igreja doméstica foi presa no dia 6 de julho, na cidade de Langzhong, província de Sichuan. A pastora Wang Shixiu (46 anos) estava fazendo compras em sua vila quando foi detida pelo comitê de segurança pública.

Sete dos 30 líderes que foram presos no dia 28 de maio continuam presos. Li Baiguang, um estudioso jurídico que se reuniu com o presidente norte-americano Bush em maio, assumiu esse caso como representante legal dos pastores. O governo da cidade de Langzhong concordou em fazer uma revisão administrativa no dia 15 de julho.
 
CAA também soube que, nos últimos meses, a cidade de Guangzhou, província de Guangdong, iniciou uma campanha para limitar as ações das igrejas domésticas da região. Com exceção das igrejas domésticas lideradas pelo famoso pastor Samuel Lamb, a maioria delas foi pressionada a fechar. As duas maiores, Meixin e Wu Yang já foram forçadas a fechar. Um líder, que deseja permanecer em anonimato, disse à CAA que a polícia até brandiu rifles em um recente ataque à sua igreja.

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