Portas Abertas • 17 nov 2003
Quando explodiram as bombas em Bali no dia 12 de outubro de 2002, morreram 202 pessoas num ato de terrorismo contra os turistas ocidentais. Os culpados continuam presos até hoje.
Em outubro último, vários cultos foram realizados pela Igreja em Bali. Milhares de pessoas participaram nos cultos de louvor e adoração. No culto final, uma equipe de louvor australiana dirigiu multidões em pura adoração. Não foi uma apresentação de músicos com muito talento, foi um tempo celestial. A igreja estava lotada, sem espaço para mais pessoas.
As vítimas da bomba estavam presentes no culto - muçulmanos, hindus e cristãos. Algumas crianças e mulheres usavam bandagens sobre as queimaduras nos seus corpos. Estavam em pé na plataforma quebrantados no meio de milhares de adoradores. Um pastor compartilhou o seu coração, mostrando verdadeira compaixão que tocou as vítimas.
A cada família foi dada uma recompensa. Uma mulher muçulmana abraçou o pastor enquanto as lágrimas escorreram sobre as marcas de queimaduras no rosto dela.
A bondade verdadeira consegue tocar qualquer coração. Foi uma cena tocante, todos compartilharam as lágrimas das vítimas. Entoaram um coro de louvores. No final do culto, ha ra do apelo, dois muçulmanos e um hindu levantaram as suas mãos pedindo que o Deus bondoso transformasse as suas vidas, aceitando a Jesus. Outras vítimas pediram Bíblias.
Vence-se o terrorismo revelando a sua fraqueza - demonstrando a verdadeira bondade que flui do coração amoroso de Jesus.
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Ah, Que Milhares de Línguas Orem
No campo de refugiados, os que sairam da cidade T. ao norte das ilhas M. contam suas histórias terríveis.
T. foi o palco de terror além de palavras. Estima-se que mais de 2 mil pessoas foram assassinadas, incluindo mulheres e crianças indefesas. Os pastores foram caçados e mortos e todas as igrejas foram destruídas durante o período mais terrível do conflito.
Uma pequena aldeia foi destruída quatro vezes durante o conflito, a cada vez os moradores fugiam para as selvas e voltavam para reconstruir as suas casas. Hoje parece um lugar abandonado. A escola estava sendo reconstruída e tinham esperança que logo as crianças pudessem voltar a estudar.
Nius, um jovem, de cabeça curvada e lágrimas escorrendo nas suas faces, estava na frente de outro homem de meia idade também com a cabeça baixada em lágrimas. Oraram com fervor atrás da igreja destruída por bomba numa pequena vila ao norte de T.
Os dois homens de gerações diferentes tinham algo em comum naquele momento - sabiam que só Deus é a resposta para os feridos, os marcados e os quebrados. Eles se apegaram a fonte de cura e esperança. Nius era da aldeia D. e perdeu o seu pai no conflito. Ele mesmo teve suas feridas, marcas e quebrantamento que colocou aos pés de Jesus. Era um refugiado e agora está mostrando aos que foram abandonados a única coisa certa nessa terra de incertezas - Jesus.
Após a oração final do culto, Nius falou, Deus é bom. A cada vez que alguém tomou a decisão de seguir a Cristo, Nius sorria e dizia, Deus é bom. Assim, transforma-se um lugar de quebrados - uma pessoa de cada vez. Nessa semana, mais de 200 pessoas disseram, Sim, Jesus. Deus é bom e é Salvador.
Orem pela equipe médica trabalhando em B. e M., regiões fortemente muçulmanas, levando cura no meio de dificuldades, pressões e obstáculos.
Continuem a orar pelos refugiados e outros que estão tentando se restabelecer nas suas aldeias. So na região T., há mais de 18.000 refugiados. Algumas áreas ainda são perigosas.
No dia 12 de outubro último, a vila Betalemi foi atacada e no dia seguinte, 5 aldeias em Sulawesi Central foram atacadas também. Centenas de casas foram destruídas, 11 pessoas mortas. Há mais refugiados agora enquanto a população deixa suas aldeias. Quatro bombas explodiram em T. no mês passado.
Continuamos crendo que Deus está transformando as vidas - uma cada vez. Sim, Ele é bom.
C. Cady--U.S. Director for International Friends of Compassion
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