Portas Abertas • 13 jun 2008
A Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês) descobriu mais detalhes relacionados à interrupção e ataque contra uma igreja evangélica em Pequim, formada por 1000 membros.
Em uma carta aberta direcionada aos oficiais do governo, obtida pela CAA, as vítimas do ataque puderam descrever em detalhes os eventos que ocorreram na manhã de 25 de maio.
A carta diz que,de acordo com testemunhas oculares, aproximadamente às 9:30, houve uma invasão simultânea a igrejas domésticas que se reuniam nas localidades do Complexo Residencial Longhuayuan, Tiantongyuan, Century Jiayuan, Yangqiao, Ganjiakou, Zhongguancun, e outras regiões, por oficiais do governo de quatro agências diferentes, incluindo a Agência de Relações Étnicas e Religiosas.
A CAA diz que os oficiais entraram à força, para vasculhar as casas dos membros das igrejas domésticas e confiscar materiais religiosos, sem documentação própria ou mandado de apreensão. Alguns membros sofreram ferimentos leves dos oficiais de polícia que agiram com violência.
A CAA disse que apesar das ações ilegais tomadas pelos oficiais do governo, os membros da igreja doméstica cumpriram de forma obediente as exigências dos oficiais, e até mesmo balançaram as mãos e pronunciaram benção sobre os oficiais que tinham invadido suas casas.
Dentro da carta, os líderes da igreja doméstica citaram várias leis constitucionais declarando a legalidade de suas reuniões. Nas declarações finais da carta, os membros garantiram que continuarão a se reunir, apesar do mandado do governo, ordenando o contrário.
A CAA disse: "O caso apresentado pelos membros da igreja evangélica de Pequim é um exemplo de intransigência no culto religioso, enquanto permanecer respeitosa e complacente às ordens constitucionais. Os membros deram um exemplo de reação apropriada para os oficiais do governo que perseguem hipocritamente as igrejas não registradas, enquanto falham em permanecer consistentes com a política e a lei constitucional".
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