Chefes do Partido do Vietnã impõem mais controle sobre a religião

Portas Abertas • 3 fev 2004


O governo comunista do Vietnã movimentou-se para apertar mais o controle sobre a religião ao apelar ao partido que ajude a anular as forças hostis. A jogada aumentou efetivamente o monitoramento das seis religiões aprovadas do país e foi ordenada pelo Comitê Central do Partido Comunista depois de nove dias de reunião, no fim do ano.

Os 150 membros do comitê tinham três assuntos sensíveis na agenda - a religião, os assuntos das minorias étnicas e a distribuição de terra - todas as quais causavam desconforto e ameaça, nas mentes dos líderes, à unidade nacional do Vietnã. O Vice-primeiro Ministro Vu Khoan disse que o comitê central nunca havia publicado uma resolução sobre religião. Existe um ponto importante nesta resolução, disse Thic Minh Tien, porta-voz da diretoria da Associação Budista Nacional. Ela tem foco na construção e no fortalecimento de um grupo de servidores civis linha-dura que sejam líderes religiosos dentro do Partido Comunista. Esta é a primeira vez que ser um membro religioso é institucionalizado dentro do partido.

A resolução convoca ao estabelecimento de células de membros do Partido Comunista dentro de cada uma das seis religiões aprovadas do Vietnã. De acordo com figuras do Partido, um quarto dos oito milhões de pessoas do Vietnã são religiosas, a maioria delas budistas ou católicas. Parece ser um apelo para um esforço conjunto contra a discordância, ao apelar ao patriotismo das pessoas religiosas para que elas sejam voluntárias na luta para anular todas as tentativas das forças hostis que abusam das questões religiosas e das minorias étnicas com o objetivo de sabotar a unidade nacional e agem contra o nosso regime político.

A liberdade religiosa está contida na constituição do Vietnã. O partido tem membros religiosos, bem como cadeiras reservadas para líderes religiosos na única câmara do parlamento, a Assembléia Nacional. A nova resolução parece cimentar o controle da religião a partir de dentro. Ela provê um programa para aumentar especialmente o gerenciamento dos assuntos religiosos pelo Estado, e orientar as seis religiões aprovadas em concordância com a política do partido.

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