Portas Abertas • 17 ago 2010
A vulnerabilidade das meninas cristãs à violência sexual na sociedade paquistanesa surgiu novamente no mês passado quando um muçulmano proprietário de terras, assediou uma jovem de 16 anos, e estudantes de uma madrassa (escola islâmica) supostamente violentaram uma menina de 12 anos na província de Punjab.
Em Farooqabad, distrito de Shiekhupura, três muçulmanos armados, colegas de trabalho de um cristão, estupraram sua filha de 16 anos na noite de 21 de julho. Na noite seguinte em Gujar Khan, distrito de Rawalpindi, mais da meia dúzia de estudantes de uma madrassa decidiram “ensinar uma lição aos cristãos” estuprando uma jovem de 12 anos.
Os estudantes da Jami Islamia Madrassa estavam assediando os cristãos das aldeias Gujar Khan, conta o pastor da igreja que a família da menina pertence, Igreja Pentecostal Unidos.
“Eles abertamente anunciaram ‘que os cristãos são inimigos, não devemos falar com eles, comer com eles ou fazer negócios com eles,’” contou o pastor Shakeel Javed à Compass.
Os estudantes agridem crianças cristãs que vão brincar nas áreas de lazer escolares, dizendo para se convertem ou irem embora da área, declara o pastor, além de, aos domingos, apedrejarem o prédio da igreja.
Uma professora, que diz ter sido testemunha do estupro, contou a Compass que quando ela chegou perto dos estudantes da madrassa na noite do dia 22 de julho, ela ouviu um deles dizer, “nós vamos ensinar uma lição a estes cristãos que eles nunca mais esquecerão.”
“Três ou quatro jovens cristãs estavam lavando louça perto de uma lagoa,” Rana Aftab diz, “estes rapazes correram até as garotas, que começaram a fugir; uma delas caiu, e os estudantes da madrassa seguraram-na e a levaram pro campo. Eu tentei impedi-los, mas eram em 15-16 em número.”
Cerca de oito garotos estupraram a garota, cujo nome é omitido por questões de segurança, enquanto os outros olhavam, diz Aftab, “Ela gritava por ajuda, mas ninguém ouvia seu clamor.”
Eles deixaram a garota no campo, e alguns moradores a levaram para seu pai, Pevaiz Masih, em casa.
Masih ficou devastado, e a mãe da garota desmaiou quando a viu, relata Masih a Compass.
Masih e Aftab foram a polícia para registrar queixa, mas o funcionário local se recusou a isso.
Quando a Compass contatou os funcionários da delegacia de polícia, ninguém quis comentar o caso, mas eventualmente um deles admitiu estar sob pressão de líderes muçulmanos e extremistas para impedir a apresentação de um boletim de ocorrência sobre o suposto crime.
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