Portas Abertas • 30 set 2022
Ataque de extremistas intensificaram a crise nacional
[Atualizado às 18h10]
Na manhã desta sexta-feira, 30 de setembro, Burkina Faso esteve sob ameaça de um novo golpe. O país já viveu um golpe em janeiro deste ano, quando militares tomaram o poder. A agência de notícias France24 afirmou: “Tiros foram disparados ao redor do palácio presidencial de Burkina Faso e dos quartéis militares hoje pela manhã. Muitas ruas na capital, Ouagadougou, foram bloqueadas pelas tropas e canais de televisão estatais foram tirados do ar”.
Amora (pseudônimo), uma parceira local em Ouagadougou, disse: “Os canais de televisão foram restabelecidos temporariamente por volta das 10h30 da manhã. Depois foram suspensos novamente. A mídia disse que o presidente estava seguro, mas não conseguiram falar com o porta-voz do governo. Parte da cidade ainda está bloqueada pelos militares. Apesar disso, alguns civis arriscaram-se a sair. Há muita confusão e incertezas e alguns soldados nas ruas”.
Às 18 horas, foi confirmada a derrubada do ex-presidente Damiba. Ibrahim Traore, capitão do exército, tomou o poder por causa da "incapacidade de Damiba em lidar com a crise e insurgências no país". Ele fechou as fronteiras por tempo indeterminado e suspentou todas as atividades políticas, segundo o portal de notícias BBC.
Burkina Faso vive uma crise por causa do aumento da violência dos jihadistas que entraram no país desde 2016 pela fronteira com o Mali. O Norte, em particular, é a área mais afetada. O governo perdeu o controle de mais de 40% do território. “Ataques aumentaram desde o início de 2022, apesar da promessa da junta militar de garantir a segurança. Setembro, em particular, tem sido um mês sangrento”, relatou a France24.
Os ataques recorrentes tornaram as circunstâncias extremamente perigosas para os cristãos que, com frequência, são alvos dos terroristas. A igreja está se deteriorando rapidamente em Burkina Faso, que ocupa a 32ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2022.
Até agora não há relatos de cristãos diretamente prejudicados hoje de manhã, mas parceiros da Portas Abertas continuam atentos em contato com cristãos locais. Burkina Faso precisa das orações da igreja brasileira. Ore para que o país restabeleça a paz e que os cristãos perseguidos no país sejam conduzidos com sabedoria e amor.
Os ataques de extremistas destroem igrejas e deixam marcas profundas na vida de cristãos perseguidos. O objetivo é que o cristianismo desapareça do Oeste Africano. Com uma doação, você permite que cristãos recebam ajuda emergencial e cuidados pós-trauma.
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