Portas Abertas • 14 ago 2021
Embora esteja entre os países que mais perseguem cristãos no mundo, o evangelho tem crescido no Paquistão
Ontem, a Portas Abertas começou a contar um pouco mais sobre a situação dos cristãos na Índia e como isso se tornou uma preocupação da igreja global. Hoje, explicaremos como os conflitos internos do país resultaram na Independência do Paquistão, país onde a hostilidade aos seguidores de Jesus é extrema
O Paquistão é um dos países criados com a dissolução do Império Colonial Britânico da Índia, em 1947. A independência do país, que hoje completa 74 anos, foi especialmente motivada pelos intensos confrontos entre hindus e muçulmanos, que resultou em milhões de mortes e provocou um grande fluxo de migração, levando os hindus para a Índia e os muçulmanos para o Paquistão.
Historicamente, a Segunda Guerra Mundial foi uma oportunidade para nacionalistas indianos, diante de um governo britânico que desejava a cooperação indiana durante o conflito. Gandhi e o Congresso lançaram o movimento Quit India (“Saia da Índia”), ao qual a Liga Muçulmana não se associou formalmente. Esse fator deu início a conflitos violentos e mortes.
Hoje o Paquistão permanece marjoritariamente muçulmano, mas há cerca de quatro milhões de cristãos no país. Apesar do crescimento do evangelho, o Paquistão continua como um dos países onde é mais difícil viver como cristão. Na Lista Mundial da Perseguição 2021, o país ocupa a 5ª colocação.
Devido a essa realidade, ataques contra minorias acontecem com frequência no país. Pastores cristãos chegam a ser presos quando não se submetem aos desejos das autoridades. Isso envia um alerta à minoria cristã e a intimida, pois são considerados cidadãos de segunda classe e discriminados em todos os aspectos da vida.
Igrejas históricas desfrutam de relativa liberdade no Paquistão, no entanto, são estritamente monitoradas e são alvo de ataques a bomba frequentes. Igrejas que trabalham ativamente em evangelismo e ministério com jovens enfrentam maior perseguição na sociedade. Todos os cristãos enfrentam discriminação institucionalizada, e entre os paquistaneses, os trabalhos considerados baixos, sujos ou depreciativos são oficialmente reservados aos cristãos.
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