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Na Índia, extremistas hindus enxergam os cristãos como estranhos que não pertencem à nação indiana e visam limpar a nação do islamismo e do cristianismo, muitas vezes, por meio da violência extrema. Essa hostilidade é geralmente impulsionada pela ideologia hindutva, uma crença nacionalista hindu entre alguns extremistas de que todos os indianos devem ser hindus – e nenhuma outra fé pode ser tolerada.
Essa mentalidade promove ataques violentos em todo o país e garante a impunidade dos que os cometem, especialmente quando as autoridades também são hindus radicais. Nesse cenário, cristãos que frequentam igrejas domésticas correm o risco de serem alvos de multidões de extremistas que atacam durante os cultos. Além disso, 12 estados aprovaram leis anticonversão que ameaçam a liberdade religiosa dos cristãos na Índia.
Anjali Lhing (pseudônimo), parceiro local da Portas Abertas no estado de Manipur
Em toda a Índia, as mulheres cristãs, especialmente as convertidas do hinduísmo, sofrem perseguição e tratamento severo. Elas enfrentam assédio, abuso e violência sexual. As filhas, irmãs e esposas dos pastores são particularmente vulneráveis. A vergonha é uma força poderosa na sociedade indiana, e os ataques sexuais são vistos como uma forma de manchar a honra de toda a família.
Nas comunidades indígenas, as jovens cristãs vivem sob alto risco de violência sexual. As mulheres cristãs casadas também são envergonhadas por não usarem símbolos hindus de casamento e, como resultado, são rotuladas de imorais.
As mulheres que se convertem ao cristianismo também são mais vulneráveis à violência doméstica. Elas enfrentam prisão domiciliar, sequestro, casamento forçado, divórcio, perda da guarda dos filhos e violência física, que pode incluir ataques com ácido, espancamento e até assassinato.
No estado de Manipur, na Índia, as mulheres cristãs enfrentam perseguição severa, incluindo sequestro, violência sexual, tortura e assassinato. A partir de maio de 2023, o conflito étnico em Manipur alimentou uma forte corrente de intolerância religiosa, tornando as mulheres cristãs particularmente vulneráveis.
Os homens cristãos na Índia enfrentam várias formas de violência e perseguição, especialmente quando praticam ou discutem abertamente a fé. Eles são alvos de extremistas por seu papel como chefes de família ou líderes da igreja. A perseguição aos homens cristãos na Índia envolve espancamentos, ataques de multidões violentas e tortura emocional, como serem forçados a assistir a membros da família sendo agredidos.
Os líderes da igreja, muitos dos quais são homens, são particularmente vulneráveis, com pastores enfrentando graves riscos. Eles enfrentam abusos, tortura e humilhação, e muitas vezes são alvos de extremistas hindus para dar exemplo à comunidade cristã. A pressão econômica, por meio de multas injustas, prisões prolongadas e boicotes sociais são comuns, levando famílias cristãs à pobreza.
Acusações falsas, como blasfêmia ou tentativa de forçar conversões de hindus ao cristianismo, são frequentemente feitas contra pastores. Nos últimos anos, pastores e líderes foram presos sob leis anticonversão, tornando sua luta por justiça ainda mais difícil. Juntamente às falsas acusações de conversão forçada, os pastores são presos por meses e as famílias lutam para sobreviver durante sua ausência.
Parceiros locais da Portas Abertas fortalecem a igreja na Índia fornecendo Bíblias, ajuda emergencial, treinamento de preparação para a perseguição, de subsistência e projetos de desenvolvimento comunitário.
Além de orar por eles, você pode ajudar de maneira prática, doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Índia são: nacionalismo religioso, hostilidade etno-religiosa, paranoia ditatorial, opressão do clã.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Índia são: líderes religiosos não cristãos, grupos religiosos violentos, partidos políticos, oficiais do governo, líderes de grupos étnicos, cidadãos e quadrilhas, parentes.
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