Portas Abertas • 30 jun 2017
Embora haja notícias de que o islã seja a religião que mais cresce no mundo, as estatísticas não se confirmam na América Latina, onde o número de seguidores do Alcorão não acompanha o ritmo registrado em outras partes do mundo, conforme pesquisas atuais. Espera-se que, até o final do século, o islã ultrapasse o cristianismo para se tornar a religião com o maior número de fiéis do planeta.
No entanto, um estudo feito pelo Centro de Pesquisas Pew, dos Estados Unidos, que analisa atitudes e tendências, aponta a América Latina como a única região onde a taxa de crescimento da população estimada para 2050 supera com folga o aumento da comunidade muçulmana. O levantamento prevê que, entre 2010 e 2050, a região tenha uma população 27% maior e um incremento de 13% no número de seguidores do islã. Nesse mesmo período, o número de muçulmanos deve crescer 73% em todo o mundo, enquanto o crescimento populacional deve ser de 35%.
A pesquisa que leva o título de “O Futuro das Religiões do Mundo”, prevê que, em 2050, o número de muçulmanos seja “quase igual” ao de cristãos, e que, “mantidas as tendências demográficas atuais, o número de muçulmanos deverá ultrapassar o de cristãos até o final do século”. Mas o que explica o fato de o islamismo ser menos popular entre os latino-americanos?
Veja abaixo, três aspectos que explicam essa tendência:
1. Há poucos fiéis do islã e pouco apelo aos imigrantes, diferente do que se observa nos Estados Unidos e Canadá, onde a imigração impulsiona o crescimento da religião.
2. Não há muitas conversões. As pesquisas mostram que as pessoas não são estimuladas a trocar suas religiões pelo islã.
3. Número de filhos. O crescimento dos muçulmanos se dá, principalmente, pelo alto número de filhos e sua alta taxa de fecundidade. Na África, por exemplo, onde cada mulher tem em média 5 ou 6 filhos, o islã é muito forte. Já na América Latina, as mulheres têm em média 2 filhos.
As pesquisas também relatam quais os países da América Latina com maior número de muçulmanos: Argentina (400 mil), Venezuela (90 mil), Brasil (40 mil), Panamá (30 mil) e Colômbia (10 mil). No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contabilizou que um terço dos muçulmanos vive na região metropolitana de São Paulo. Pode-se concluir então que a igreja na América Latina tem ótimas condições de continuar crescendo e fazendo discípulos, além da liberdade de poder orar pelos nossos irmãos do mundo inteiro.
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