Portas Abertas • 18 nov 2021
Omã celebra seu renascimento, mas a perseguição aos cristãos é preocupante
Hoje, 18 de novembro, é comemorado o Dia Nacional de Omã. A data marca o renascimento do país, que aconteceu em 1970 com a ascensão ao poder do sultão Qaboos Bin Said Al Said.
Localizado na área do extremo oriente da Península Arábica, Omã faz fronteira com o Iêmem e, apesar da guerra no país vizinho desde 2015, é tido como um lugar estável e seguro na região. Porém, a perseguição aos cristãos ex-muçulmanos é preocupante.
Toda a população de Omã é considerada mulçumana, exceto os expatriados. Lá, a religião do Estado é o islã e por isso o governo tem como base a lei islâmica. Dessa forma, tanto o governo quanto a sociedade pressionam os cristãos a abandonarem a fé cristã e voltarem ao islamismo.
Os cristãos que são migrantes em Omã enfrentam repressão da população que segue o islã. Porém, os cristãos ex-muçulmanos podem perder o emprego e serem renegados pela família e sociedade. Por escolherem a fé, os cristãos podem perder o direito de herança e correm o risco de perderem os filhos.
As igrejas em Omã devem ser reconhecidas pelas autoridades. As reuniões são monitoradas para garantir que temas políticos não sejam comentados e não ofendam os nacionalistas. As agências de inteligência e segurança de Omã podem monitorar os cristãos expatriados e ex-muçulmanos.
As tensões sociais são maiores para as mulheres omanis, que estão em uma posição de maior vulnerabilidade. As mulheres ainda são vistas como propriedade de maridos e pais, sendo inferiorizadas perante a sociedade. O posicionamento religioso das mulheres é ignorado. Os homens cristãos, por sua vez, são fortemente pressionados no ambiente de trabalho e podem ser excluídos da sociedade e da família.
O nível de perseguição para os cristãos em Omã depende se eles chegaram de outros países ou se nasceram lá. A pressão enfrentada pelos cristãos ex-muçulmanos tem relação com o seu país de origem. Omã é o 44º país na Lista Mundial da Perseguição 2021 e os cristãos omanis contam com suas orações.
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