Perseguição religiosa na Índia: desafios e esperança

O país, com rica diversidade cultural, também enfrenta desafios significativos quando se trata de liberdade religiosa

Portas Abertas • 9 set 2024


Cristãos em Manipur foram vítimas de grande violência e tiveram suas casas e igrejas atacadas por radicais hindus

Cristãos em Manipur foram vítimas de grande violência e tiveram suas casas e igrejas atacadas por radicais hindus

A Índia está na 11ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024, uma classificação que mostra os países onde é mais difícil ser cristão. No país, pressão e violência são maiores para convertidos do hinduísmo, se tornando alvos frequentes de nacionalistas hindus, que acreditam que todo indiano deve ser hindu. Os extremistas hindus também acreditam que a Índia é para hindus e não há espaço para outras religiões. Eles acreditam que Cristo e, portanto, o cristianismo, são um Deus e uma religião estrangeiros.    


Em geral, quando alguém se torna cristão e deixa o hinduísmo, seu estilo de vida muda. Eles evitam a adoração aos ídolos, rituais hindus e deixam de ir ao templo. Eles também não fazem mais doações para os festivais locais, o que é um gatilho para os hindus linha dura, resultando em aumento na perseguição. As leis anticonversão em múltiplos estados também têm efeito sobre a igreja indiana, pois pastores e evangelistas correm risco de serem presos se forem acusados de coagir alguém a se converter ao cristianismo.  
 


A perseguição pode ser violenta. Cristãos experimentam violência física, sexual, sequestros, ataques a encontros em igrejas, vandalismo, fechamento forçado de igrejas e até mesmo morte. Mas a perseguição pode ser mais súbita e cheia de pressão. Cristãos enfrentam falsas acusações de conversão religiosa forçada, discurso de ódio, ostracismo social (principalmente dano aos cristãos em áreas rurais que dependem de recursos comunitários como poços de água para prover suas necessidades básicas), abuso mental, manifestações públicas e são sujeitos a programas de reconversão visando os de origem hinduísta (o programa é chamado Ghar Wapsi, que em hindi significa “volta para casa”).  
 


Nos últimos anos, muitas igrejas domésticas tiveram início com novos cristãos, que tendem a ser economicamente pobres. Muitas vezes, eles encontram a Cristo em busca de cura ou paz. Por não se sentirem confortáveis em estabelecer igrejas, pois os membros de igrejas estabelecidas podem ser mais ricos e congregações maiores podem deixar os novos cristãos se sentindo perdidos, eles acabam indo para as igrejas domésticas. Por isso, o número continua aumentando.   
 


Porém esse aumento chama a atenção de extremistas hindus. As igrejas domésticas são alvos fáceis para violência, por não terem prédios de igrejas registrados. Qualquer tipo de encontro em casas de cristãos é tido como uma reunião para converter pessoas ao cristianismo usando dinheiro ou outros meios fraudulentos. Portanto, igrejas domésticas são monitoradas de perto – se algum cristão é novo convertido ou o único convertido na família, a informação chega aos extremistas, tornando a igreja doméstica ainda mais vulnerável.
 


Preparação para responder à perseguição


Como responder ao ser pressionado e perseguido de maneira violenta? Mesmo para cristãos de longa data essa pode ser uma pergunta difícil de responder. Por isso, é de extrema importância preparar cristãos na Índia que enfrentam essa realidade para saberem como responder de maneira bíblica. Com uma doação, você permite que cristãos indianos sejam treinados para saber como reagir diante da perseguição. 
 



 

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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