Portas Abertas • 7 mai 2021
Cristãs que vivem no interior da Nigéria têm os maridos assassinados e são sequestradas por extremistas islâmicos
A falta de segurança na Nigéria é notícia nos principais jornais do mundo e tem preocupado as principais autoridades do país. De acordo com o senador Smart Adeyemi, “a nação está em chamas” e precisa de ajuda para que não seja destruída pelos jihadistas. “O presidente deve estar à altura da situação e trazer pessoas para salvar este país ou seremos consumidos. Não podemos ficar quietos por mais tempo”, declarou o político em entrevista à Reuters.
O crescimento da violência na Nigéria colocou o país em 9º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021. Durante o período de pesquisa (1/10/2019 a 30/9/2020), 3.530 cristãos foram mortos em ações de grupos extremistas como Boko Haram e pastores de cabra fulanis. “Estamos observando esses desenvolvimentos de perto. Por favor, permaneçam em oração pela Nigéria”, pede a porta-voz da Portas Abertas no país.
Uma igreja batista na aldeia de Manini, em Chikun, foi atacada por militantes fulani durante o culto em 25 de abril. Além de assassinar um cristão, eles feriram outro e sequestraram quatro mulheres. Uma delas teve o marido morto em um incidente anterior. A ação não foi isolada na região, cinco dias antes, homens armados invadiram a Greenfield University, mataram um homem e sequestraram 22 alunos e funcionários.
Na ocasião, eles pediram uma quantia equivalente a 1,5 milhão de euros como resgate. Caso o valor não fosse pago, eles iriam eliminar os reféns. Até agora, os corpos de cinco vítimas foram encontrados. Entre 15 de fevereiro e 12 de março de 2021, quase 1.100 pessoas foram sequestradas na Nigéria. Mais de 700 alunos foram capturados enquanto estavam nas escolas ou universidades.
Por medo de ataques, muitas escolas foram fechadas e os pais estão com medo de mandar os filhos para as aulas. Mas essa situação é comum desde 2020, quando 47% das crianças ficaram fora das salas de aula no norte do país, garantiram os dados da UNICEF. Essa situação piora a marginalização da Nigéria em termos de educação.
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