Portas Abertas • 10 jun 2015
Segundo o ativista Meron Estefanos da Comissão Internacional de Estocolmo, o Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS) raptou um grupo de 86 refugiados eritreus, incluindo 12 mulheres e crianças no dia 3 de junho.
Os militantes cercaram o veículo em que os refugiados viajavam em direção à Tripoli e, em seguida, separaram os cristãos dos muçulmanos por meio de avaliações que supostamente testavam os conhecimentos do Alcorão. Estefanos disse que ouviu estes relatos de testemunhas que conseguiram escapar. A maioria dos sequestrados são da cidade de Adi Keih.
São esperadas mais informações da Africa Services sobre o caso nos próximos dias.ONU encontra graves violações dos direitos humanos na Eritreia
Um novo relatório da ONU alega que o governo da Eritreia pode ter cometido crimes contra a humanidade, incluindo uma política de atirar para matar nos próprios cidadãos que tentem deixar o país.
O relatório, que detalha as execuções extrajudiciais, a escravidão sexual e trabalho forçado, diz que a situação no país levou milhares de pessoas a sair. A União Europeia (UE) disse que os eritreus, juntamente com os somalis, compõem a maioria dos 54 mil migrantes, tendo chegado à Itália este ano, pelo Mediterrâneo.
Também de acordo com o relatório: ""O governo da Eritreia vê a religião como uma ameaça à sua existência e criou formas de controlá-la"". Interferência em estruturas religiosas é ""desenfreada"" e adeptos de religiões são ""arbitrariamente presos, maltratados, ou submetidos à tortura durante sua detenção. Os prisioneiros são forçados a negar sua fé.""
Em 2014, um grupo de direitos humanos exilado afirmou que mais de mil cristãos de igrejas não oficiais foram detidos. Alguns líderes da igreja ficaram presos por mais de dez anos.
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