Portas Abertas • 2 ago 2018
Não se esqueça de apresentar em suas orações a Igreja Perseguida em Chade (Foto representativa)
Autoridades do Chade, país africano, nomearam um sultão ao sul da região do Médio Chari. Essa decisão aumenta o medo de maior marginalização para com os cristãos e animistas, já que um sultão geralmente possui autoridade espiritual, além do papel de liderança. A decisão foi tomada há dois anos, porém ainda não tinha sido implementada por conta da divergência sobre a necessidade do cargo.
No mês de junho, durante a cerimônia inaugural do novo governador, na capital regional de Sarh, o ministro da Administração Territorial, Ahmat Mahamat Bachir, nomeou Mahamat Moussa Bezo como sultão. “Depois da cerimônia do governador, as pessoas começaram a sair pensando que já tinha acabado. Mas para sua grande surpresa, o ministro as chamou de volta dizendo que haveria outra cerimônia”, contou uma fonte local. O prefeito e seu deputado se recusaram a fazer a cerimônia, que foi então realizada pelo secretário-geral.
A decisão causou uma reação intensa, principalmente entre os cristãos da área. “Eles fizeram isso no domingo, sabendo que os cristãos estariam na igreja e perderiam essa parte”, disse um líder da igreja local. A dúvida é se a nomeação se tornará uma ameaça à paz. O país é de maioria muçulmana, mas com uma população cristã significativa de 35%. “Muitos cristãos temem que o sultão use sua posição para conduzir planos islâmicos na região e em todo o sul”, explicou um líder.
A influência islâmica no continente africano tem aumentado nas últimas décadas. Isso se dá principalmente por meio de ONGs islâmicas fundadas por países como Arábia Saudita, Catar e Irã, com a expansão de madraças e escolas islâmicas que ensinam visões radicais. O resultado é o aumento da intolerância com os cristãos, que pode ser notado pela quantidade de países da África Subsaariana na Lista Mundial da Perseguição 2018.
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