Portas Abertas • 22 jun 2022
Ijanada grávida de seis meses e o filho Luka durante programa de aconselhamento pós-trauma oferecido para mulheres sequestradas pelo Boko Haram
Nós conhecemos Ijanada em um programa oferecido a mulheres traumatizadas após serem sequestradas pelo Boko Haram, na Nigéria. Ela participou com o filho de dois anos e grávida de seis meses após ter fugido há pouco tempo do cativeiro. Ao escapar, Ijanada, como tantas outras, esperava continuar a mesma vida de antes. Porém, havia poucas possibilidades disso acontecer depois do que ela passou.
Na realidade, ao voltar, precisou enfrentar julgamento e desconfiança. “Eu não era bem-vinda. A maioria das pessoas zombavam de mim e me insultavam”, disse Ijanada tentando conter as lágrimas. Ao participar do programa de aconselhamento pós-trauma, a jovem mãe fez as pazes com seu passado, decidida a não ser definida pelos quase quatro anos que passou em cativeiro. Isso resultou em cura para o trauma severo dela e possibilitou que permanecesse resiliente. “Eu sou muito grata. Suas orações me fizeram continuar. Estou muito feliz. Muito obrigada.”
Nós a visitamos novamente, após o nascimento de sua filha, Warasini. Em determinado momento, perguntamos a Ijanada se a situação chegou a um ponto em que ela odiasse ou se desgostasse dos filhos. “Não, nunca! Mesmo quando as pessoas falavam que eles eram filhos do inimigo. Tudo que Deus faz é lindo.”
Ijanada ficou contente em nos ver novamente. Durante o curto tempo que estivemos com ela, soubemos que ela estava bem. A família dela estava feliz por tê-la de volta, mas os filhos ainda permaneciam um lembrete físico do que o Boko Haram fez com ela e toda comunidade. Parece ter sido especialmente difícil para o pai da cristã aceitar completamente os filhos dela. Mas graças a esforços contínuos, ele está se abrindo para a ideia de se tornar avô.
Os cristãos na Nigéria enfrentam diversos desafios por causa da fé em Cristo, como discriminação por parte do governo ou marginalização social em suas próprias comunidades. Além disso, a violência direcionada e contínua resulta em cristãos mortos, feridos física e mentalmente, ataques a casas e lojas de cristãos, sequestros, violência sexual, casamentos forçados, prisões sem julgamento e ataques a igrejas. Sua doação oferece socorro a cristãos na Nigéria e Oeste Africano atingidos pela violência.
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