Uzbequistão mantém maior quantidade de prisioneiros religiosos no mundo

Além disso, muitos dos condenados já estão presos há mais de 20 anos apenas com acusações vagas

Portas Abertas • 29 nov 2021


O Uzbequistão ainda hoje tem mais prisioneiros religiosos do que os mantidos em todos os estados soviéticos juntos

O Uzbequistão ainda hoje tem mais prisioneiros religiosos do que os mantidos em todos os estados soviéticos juntos

Mais de duas mil pessoas estão presas no Uzbequistão por causa de crenças religiosas, o que é considerado um dos maiores grupos no mundo. Elas “são mantidas sob a acusação de ‘tentativa de subversão à ordem constitucional’, possessão ou distribuição de literaturas proibidas ou pertencimento a grupos proibidos”, de acordo com relatório da  Comissão para a Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos.

As acusações vagas restringem a liberdade de religião, consciência e expressão, segundo a comissão. O país também viola a própria Constituição e diversos tratados de direitos humanos internacionais assinados pelo Uzbequistão. Ao se tornar líder do país, em 2016, o presidente Shavkat Mirziyoev soltou ou perdoou mais da metade dos prisioneiros religiosos presos sob o mandato do predecessor, o presidente Islam Karimov.

A maioria dos aprisionados durante o governo de Karimov eram muçulmanos independentes ou considerados opositores do regime. Apesar de poucos cristãos serem presos durante o período, “centenas foram sujeitos a invasões e multas administrativas”, diz o relatório.

Muitos prisioneiros e longas sentenças

O Uzbequistão ainda hoje tem mais prisioneiros religiosos do que os mantidos em todos os estados soviéticos juntos. Atualmente, muitos estão presos por mais de 20 anos, o que “torna alguns possuidores de sentenças relacionadas à religião mais longas registradas no mundo”, afirma o relatório.

Mirziyoev assumiu o cargo como um “reformador”, mas uma lei religiosa em vigor desde 2021 mantém a maioria das antigas regulamentações, incluindo o envio ao Estado de requerimento para permissão de atividades religiosas e a proibição de compartilhar a fé com outros. O governo atual também tem pressionado jornalistas e feito restrições em mídias sociais e sites de troca de mensagens.

No início de novembro, a comissão norte-americana recomendou que o Uzbequistão permaneça na Lista de Observação Especial dos países que “se envolvem ou toleram violações severas à liberdade religiosa”. A lista auxilia o governo norte-americano na tomada de decisões quanto ao avanço e promoção da liberdade religiosa internacional.

Jovens da Ásia Central

Diante da perseguição, a nova geração na Ásia Central precisa aprender sobre a nova vida em Jesus. Os jovens são um grupo estratégico a ser alcançado, mas sua educação espiritual é com frequência negligenciada. Eles precisam de ajuda para continuar na fé, apesar das dificuldades. Sua doação permite que jovens recebam educação sobre vida cristã, identidade e propósito em Cristo.

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A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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