Violência cresce na República Democrática do Congo

Onda de assassinatos e de deslocados internos persiste

Portas Abertas • 9 fev 2023


Grupos rebeldes disputam territórios e recursos (foto: IMB)

Grupos rebeldes disputam territórios e recursos (foto: IMB)

A última semana foi marcada por eventos violentos na República Democrática do Congo. Apesar do apelo de líderes cristãos pedindo paz, a nação continua mergulhada em uma onda de assassinatos e em crise com multidões de deslocados internos.  


Há menos de dez dias, 15 pessoas foram mortas em múltiplos ataques executados pelo grupo extremista Forças Aliadas Democráticas (ADF, da sigla em inglês) no estado de Kovu do Norte. Ainda esta semana, uma luta, no mesmo estado, entre o grupo rebelde M23 e as forças armadas gerou um novo grupo de deslocados internos. 
 


Em apenas um dia, 122 mil pessoas, incluindo 65 mil crianças, foram forçadas a deixar seus lares, segundo a organização Save the Children.
 


Ataques recorrentes
 


Em janeiro deste ano,
o grupo ADF bombardeou uma igreja, matando ao menos 17 pessoas e, em outubro de 2022, matou uma médica cristã, durante o ataque a um hospital, no estado de Kovu do Norte. 


A ADF e o grupo M23 são apenas dois entre mais de 120 grupos armados que vivem no território congolês. Muitos deles fazem parte de movimentos rebeldes contra as autoridades e disputam o controle dos vastos recursos naturais do país
 


Sem proteção
 


Nos últimos anos, as Forças Aliadas Democráticas cresceram e aumentaram os ataques a comunidades cristãs. Em 2022, o grupo renovou a aliança com o líder Estado Islâmico.

Vamos fazer o mundo saber que o Estado Islâmico da Província da África Ocidental não mudou e nunca mudará. Vamos perseverar na jihad, mesmo que isso custe nossas vidas”, disse Musa Baluku, líder da ADF, em um pequeno discurso. 


A aliança é uma tentativa de expansão de poder da ADF na África Central. 
Precisamos de ajuda da comunidade internacional para pressionar o governo e garantir que esses incidentes não se repitam. Pedimos à comunidade cristã em todos os países que nos apoie em oração, para que Deus nos console e nos sustente em sua provisão, fortalecendo as igrejas em todas as circunstâncias”, disse Dorcas Moussi (pseudônimo), líder da equipe da Portas Abertas na África Central. 


A violência em andamento na região gerou uma multidão de mais de 5,6 milhões de deslocados internos, uma das maiores crises de refugiados no mundo. A expansão das atividades do grupo extremista ADF e de outros grupos armados levou a República Democrática do Congo a subir na
Lista Mundial da Perseguição, da posição 40 para a posição 37 em 2023.  


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