Violência física para punir homem cristão e sexual para mulher cristã

Entenda como o gênero interfere no tipo de violência que os cristãos enfrentam nos países da Lista Mundial da Perseguição 2022

Portas Abertas • 23 jun 2020


A perseguição pode se manifestar de diferentes maneiras para mulheres e homens cristãos

A perseguição pode se manifestar de diferentes maneiras para mulheres e homens cristãos

Apesar dos motivos serem os mesmos, a perseguição religiosa pode ser realizada de maneira diferente quando o assunto envolve homens e mulheres. Os papéis que os indivíduos dos gêneros masculino e feminino têm na sociedade definirão a forma como eles serão hostilizados. Para um homem cristão, por exemplo, o alvo é impedir que ele cumpra o papel de chefe do lar. Sem uma renda financeira, ele não poderá prover o sustento dos demais integrantes da família, impossibilitando, assim, a sobrevivência. Esse processo envolve também a agressão física em 80% dos casos e até a prisão, em 64%, garantem os dados colhidos pela Portas Abertas entre 1/10/2020 e 30/09/2021. 

Mas quando as cristãs são perseguidas, as ações envolvem primariamente as violência sexual e casamento forçado, já que muito do valor social delas está na castidade. Os direitos à vida, liberdade e respeito são violados pelos próprios membros da família como pais, irmãos e maridos, pessoas das quais elas dependem para serem sustentadas tanto física, emocional e socialmente. Entre os pontos de pressão às mulheres estão presentes violência sexual, violência psicológica, sequestros e perda da custódia dos filhos.

Exemplo de perseguição masculina na Índia


A força física dos homens é uma qualidade valorizada na cultura indiana. Por isso, os cristãos locais estão sujeitos à violência como maneira de desonra. Logo, o espancamento é uma prática comum. O caso da morte do adolescente de 14 anos, Sombaru Madkami, revela a desproporção de força empregada pelos radicais hindus para conter o avanço do evangelho no país em 10º lugar na LMP 2022. Outra maneira utilizada para enfraquecer os cristãos é a exclusão social, por meio de boicote da família e comunidade. Como aconteceu com cristãos que tiveram o pedido de ajuda humanitária recusada durante a o isolamento para a contenção da COVID-19.

Enquanto os homens enfrentam a hostilidade na esfera pública, as mulheres sofrem a violência dentro da vida privada, o que torna os crimes mais ocultos e passíveis de impunidade. Espera-se que elas operem invisivelmente na esfera pública, caso contrário se tornam provocadoras da violência sexual. Em 90% dos 50 países da LMP 2022 os crimes sexuais afetam as cristãs.

Caso de perseguição feminina na Nigéria


As meninas e mulheres cristãs nigerianas são como despojos para grupos extremistas como o Boko Haram. Elas são capturadas, abusadas sexualmente e levadas para servirem como escravas sexuais ou esposas de um radical. Isso acontece também com mulheres casadas, como Charity. A jovem casada e mãe de um recém-nascido foi sequestrada e viveu por três anos como mulher de um rebelde, com quem teve uma filha. Ao ser libertada, voltou para o antigo lar e enfrentou o preconceito e agressões do marido cristão e dos vizinhos no país em 7º lugar na LMP 2022. 


Os homens e mulheres seguidores de Cristo em países onde há perseguição religiosa podem enfrentar lutas em diferentes esferas. Porém, ambos precisam de cura para continuar a viver o propósito pelo qual foram chamados por Deus. A Portas Abertas trabalha de diferentes maneiras para fortalecer os cristãos que permanecem onde há forte oposição ao evangelho. Conheça os nossos projetos, ore e contribua financeiramente para que o encorajamento chegue até quem necessita de esperança.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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