Portas Abertas • 15 set 2015
No início de agosto, a Direção de Assuntos Religiosos, controlada pelo Estado da Turquia, emitiu sua primeira condenação para o grupo jihadista, caracterizando-o como uma organização ""terrorista"", e oficialmente declarando-o ""não-muçulmano"". A ambivalência aparente, durante o último ano, para combater o Estado Islâmico em suas fronteiras, na tentativa de controlar a situação na Síria e no Iraque, continua debaixo dos holofotes internacionais.
Eles condenam o autoproclamado Califado pela divulgação de imagens, slogans e operações que tentam interpretar o islã de forma errônea. O governo turco divulgou um relatório detalhado para informar ao público sobre as táticas do grupo, seus sermões semanais, os ""fatwas"" (editais religiosos), bem como seus cursos de Alcorão.
Dentro de apenas 10 dias, eles responderam com um novo vídeo, ameaçando diretamente a Turquia e seu presidente, advertindo os turcos contra os ""ateus e diabos que lhes enganam, fazendo deles verdadeiros escravos"".
O clipe tem sete minutos, falando em turco fluentemente, mas considerado amador em comparação com os vídeos usuais dos jihadistas. Eles prometem conquistar Istambul em breve, e alertam o povo a abandonar a democracia, o laicismo e os direitos humanos e, em vez disso, simplesmente seguir a sharia (conjunto de leis islâmicas). Mais tarde, o autor foi identificado como um cidadão turco, de 47 anos de idade, que mora na Síria desde 2014, com sua esposa e filhos.
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