Portas Abertas • 9 ago 2022
David tentou anunciar o evangelho em sua comunidade, mas foi punido pelos líderes tradicionais
Hoje comemora-se o Dia dos Povos Indígenas, data escolhida pela ONU para reconhecer as necessidades dessas comunidades, muitas vezes ignoradas. Conheça a história de David, um jovem cristão indígena que viveu os desafios e a transformação que o evangelho traz às comunidades indígenas na Colômbia.
Quando David nasceu, toda a sua vida já tinha sido planejada como filho de uma autoridade mamo. Os mamos são líderes religiosos das tribos ogkui e arhuaco em Sierra Nevada de Santa Marta, uma cordilheira colombiana. Eles seguem uma religião animista, ou seja, que adora diferentes espíritos e elementos da natureza. O pai de David foi um líder mamo e, desde os primeiros anos de vida de David, ensinou os diferentes rituais que fazia, para que no futuro, David seguisse os passos do pai.
Mesmo crescendo no centro da cultura e crenças indígenas, David questionava o pai e outras autoridades sobre os rituais, deuses, vida após a morte e outros assuntos que aguçavam sua curiosidade. Nenhuma resposta acabava com sua inquietação. No coração de David já havia o desejo pela vida eterna: “Nunca quis ser um mamo. As coisas que o meu pai fazia não faziam sentido para mim”.
David não conhecia cristãos, mas quando era criança, descobriu uma escola cristã na comunidade onde morava. Como não falava espanhol, ficava excluído entre os cristãos. Ainda assim, ele se esforçava para ler as Escrituras e orar. Após esse primeiro contato com o Senhor, David viveu um milagre em que reconheceu a existência e o senhorio de Jesus. Ele passou a testemunhar nas cidades, pregava e orava pelas pessoas e, depois, decidiu voltar à cidade onde nasceu.
Ali, ele foi pressionado pelas crenças dos mamos. “Para os povos indígenas, perder a fé é perder a identidade. Por isso eles tratam os cristãos com desprezo. Quem não obedece, pode ser preso ou até expulso das comunidades, além de ser proibido fazer cultos na tribo.” Por isso, a opção é fazer tudo em segredo, como conta David: “Nos reunimos à noite. Andamos em silêncio absoluto, com duas lanternas, até chegarmos a um lugar remoto para podermos fazer o culto. Sem louvores ou qualquer outro barulho e sempre mudando o local, para evitar que sejamos descobertos”.
Apesar disso, os mamos descobriram um dos cultos que David estava liderando e disseram que ele estava confundindo as pessoas. Ele ficou preso, com fome, com sede e doente, mas em todos os momentos David orava e pensava em Deus. Os parceiros da Portas Abertas têm ajudado esse irmão na fé desde que o conheceram. Eles levam doações de remédios e alimentos para David e compartilham a gratidão dele porque cristãos do mundo todo oram e se lembram dele e de outros cristãos indígenas.
Quando um indígena se converte ao cristianismo na Colômbia, ele é intensamente pressionado para abandonar Jesus. Com sua doação, esses irmãos podem receber amparo financeiro e o apoio para se fortalecerem na fé.
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