Portas Abertas • 25 mai 2021
A população de Burkina Faso vive onda de insegurança devido aos ataques extremistas (foto representativa)
[Atualizado em 25 de maio, às 17h55]
Ataques extremistas deixaram 15 civis e um soldado morto nos dias 18 e 19 de maio, em Burkina Faso. De acordo com um comunicado do governador da região do Sahel, coronel Salfo Kabore, as vítimas eram de um vilarejo próximo da cidade de Tin-Akoff.
Os jihadistas incendiaram também outro vilarejo próximo, onde as tropas do governo foram enviadas para ajudar a população e participar de operações de busca. Há relatos de que o território já havia sido atacado duas vezes desde 8 de maio, quando seis pessoas morreram. “Todos estão chocados e muitos estão fugindo”, disse Moha AG Agraz, uma moradora de Tin-Akoff.
De acordo com a Agência AP, é preocupante o fato dos ataques acontecerem em locais onde as forças armadas trabalham ativamente para conter a violência jihadista. “Isso mostra os limites das estratégias de contraterrorismo que falham em trazer estabilidade a essas regiões, enquanto os grupos armados continuam a proliferar”, disse Flore Berger, analista de segurança no Sahel.
Os dados da Lista Mundial da Perseguição 2021 mostram que a maioria dos cristãos deslocados em grande escala eram de Burkina Faso. No final de março, mais de um milhão de pessoas foram deslocadas internamente, segundo dados do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
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