Portas Abertas • 22 set 2022
Desde criança, Fady encontrou segurança física, emocional e espiritual na igreja em Bagdá
As lembranças de guerras são comuns para Fady, ele tinha apenas 11 anos quando a guerra no Iraque começou em 2003. Ele presenciou a invasão do Estado Islâmico e a destruição do território. “Eu vi cadáveres na rua em várias ocasiões. No auge da guerra, havia mais de 15 explosões em Bagdá todos os dias", testemunha.
No entanto, em todos esses momentos ele encontrou refúgio em uma igreja local em Bagdá. Em uma das ocasiões em que estava na igreja, Fady escapou de se tornar um mártir. “Um carro estava estacionado em frente à nossa igreja e começou a queimar sozinho. Eu estava dentro da igreja naquele momento. Quando a polícia investigou o carro, eles encontraram uma bomba que era destinada à igreja. Felizmente, eles conseguiram detoná-la antes de explodir”, testemunha.
O cristão iraquiano continuou a frequentar a igreja e viu que outras pessoas buscavam conforto entre os irmãos na fé. “A igreja é onde me sinto mais confortável. Quando entro nela sinto que estou mais perto de Deus. Sinto paz, amor e segurança. Para mim, a vida perderia o sabor sem a igreja”, explica.
Fady reconhece que muitas coisas no país estão mudando, mas garante que ainda há hostilidade às pessoas que se atrevem a seguir a Jesus. “A perseguição e a discriminação ainda são um grande fator de pressão no cotidiano dos cristãos em Bagdá. Por exemplo, para as mulheres poderem se mover com segurança aqui, elas devem usar um lenço na cabeça como o islã ordena”, justifica.
Porém, Fady se recusa a abandonar seu país: “Como cristãos, somos o sal da terra. Temos aqui um cristianismo antigo. Nossa presença neste país é importante”. Por isso, o cristão se prepara para apoiar outros seguidores de Jesus como ele, ao participar do curso de aconselhamento sobre traumas.
Fady foi curado por Deus e anseia pela restauração do Iraque. “Esperamos, desejamos e oramos para que este país se levante novamente. Bagdá quer ser curada e precisa superar o passado”, finaliza.
Assim como Fady, outros cristãos iraquianos foram feridos na alma pela guerra. Eles precisam de cura emocional e espiritual e contam com o apoio de parceiros generosos como você. Doe e permita que cristãos perseguidos participem de cursos, conferências e retiros sobre conscientização de traumas.
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