Portas Abertas • 10 mai 2019
Cristãos são constantemente atacados por extremistas do Boko Haram, na Nigéria
De acordo com a Agência de Notícias da Nigéria, e divulgado pelo portal Christian Post, supostos membros do Boko Haram sequestraram um pastor e membros da Living Faith Church. O grupo estava a caminho da região nordeste da Nigéria para entregar suprimentos de emergência e evangelizar no local. Conforme relatado pela agência, Pastor Oyeleke, Amuta (um obreiro) e mais três membros estavam na estrada de Maiduguri para Chibok quando foram interceptados por rebeldes.
Success Ezeanya, amigo de Amuta, foi ao Twitter para alertar sobre o sequestro: "Ele foi para o evangelismo com um pastor de sua igreja - Living Faith", escreveu o amigo em um tweet. “Ele é filho único. Não vamos nos esquecer dele em nossas orações. Ezeanya disse ao The Punch, jornal nigeriano, que os sequestradores exigiram um resgate equivalente a cerca de 555 mil dólares antes de libertar as vítimas.
A Nigéria ocupa hoje, a 12ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019. E, entre as razões pela qual a nação está no topo da lista é a forte atuação do Boko Haram contras as minorias cristãs. O grupo extremista é afiliado ao Estado Islâmico, e promove ataques constantes em aldeias e povoados que professam a fé em Cristo. De acordo com a Sociedade Internacional para Liberdades Civis e Estado de Direito, na Nigéria, cerca de 200 pessoas foram mortas por extremistas do Boko Haram desde o início de 2019.
O Boko Haram é responsável pelo assassinato e sequestro de milhares de pessoas nos últimos anos, e já aterrorizou partes da Nigéria, Níger, Chade e Camarões. O Índice Global de Terrorismo de 2018 observa que, em 2017, 62% das mortes na Nigéria ocorreram no estado de Borno, na região nordeste. No Cinturão Médio do país, as comunidades agrícolas, predominantemente cristãs, também, enfrentaram nos últimos anos, ataques dos pastores de cabras fulanis, que em várias ocasiões destruíram edifícios e mataram inocentes.
Enquanto o governo nigeriano e algumas organizações de direitos humanos atribuem esses crimes como parte do “conflito entre agricultores e pastores”, alguns defensores alertam que a hostilidade religiosa desempenha um papel na crise dos pastores de cabras fulanis. A organização Intersociety estimou, após uma investigação, que pelo menos 2.400 pessoas foram mortas por pastores de cabras fulanis, em 2018. “A maioria, se não todas as vítimas mortas, feridas ou raptadas professam a fé cristã da Nigéria e de outras religiões não muçulmanas”, afirma o relatório.
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