Portas Abertas • 27 jun 2022
Novo presidente foi eleito em 19 de junho com 50,4% dos votos
No dia 19 de junho, aconteceu o segundo turno das eleições na Colômbia. Segundo o site de notícias CNN, Gustavo Petro foi eleito com 50,4% dos votos. A eleição foi histórica e acirrada, pois os dois candidatos apresentavam propostas e histórico político diversos.
Parceiras locais da Portas Abertas na Colômbia comentaram como foi a eleição para os cristãos no país que ocupa o 30º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2022. Cristãos contaram a uma delas na véspera da eleição: “Eu tenho medo de votar. As ameaças são terríveis e isso nos assustou”. A eleição foi um período tenso para eles, com muitas preocupações e pressão.
Jejum e oração foi o caminho que os cristãos escolheram para enfrentar a situação. Intercederam pelos filhos e pediram proteção a Deus. Até as crianças pediam ao Senhor misericórdia pelo país. No dia da votação, domingo, muitos cristãos não votaram por medo e aguardaram apreensivos o resultado em casa.
O culto foi suspenso porque a igreja local foi intensamente ameaçada no dia das eleições. “Não sabíamos o que ia acontecer, se teria violência ou comemoração”, relatou Laura (pseudônimo), parceira da Portas Abertas em Santander, estado colombiano. Ela orientou sua igreja local a se reunir em casa com as famílias para evitar ataques.
Enquanto Laura e sua família faziam o devocional, foram interrompidos pelo alvoraço da multidão comemorando o resultado das eleições. “Não conseguimos sair para a rua porque tinha muita desordem. Pessoas bebendo, pessoas de moto, de carro, correndo”.
O Abrigo Lar Cristão, mantido pela Portas Abertas, também relatou as dificuldades de cristãos indígenas. Pouco antes das eleições, a equipe visitou as congregações nos estados colombianos de Cauca e Huila, no Sudoeste da Colômbia. Lá, testemunharam algo que não acontecia há cinco anos na região: líderes tradicionais castigando fisicamente membros da comunidade cristã.
Os líderes das comunidades indígenas não aceitam as conversões ao cristianismo, pois acreditam que isso significa o abandono das tradições culturais. Cristãos indígenas temem que o novo governo apoiado pelos líderes tradicionais das comunidades torne ainda mais difícil a situação deles e coloque em risco direitos básicos, como liberdade de crença e até a própria vida.
O medo e a incerteza do que está por vir para a igreja na Colômbia permanecem. É um momento histórico. A parceira afirma que “como igreja, temos que demonstrar os fundamentos de nossa fé em meio não apenas de um país dividido, mas também de uma congregação lamentavelmente polarizada. Enfrentamos um momento em que a fé de muitos de nós será testada e, no final, como aconteceu na pandemia, acabaremos concluindo que isso também faz parte do plano de Deus que foi revelado e que nossa responsabilidade permanecerá a mesma: proclamar que Jesus Cristo é nosso Senhor e Salvador”.
Os irmãos colombianos disseram em gratidão aos parceiros de oração da Portas Abertas: “Muito obrigado, Deus os abençoe e guarde. A igreja na Colômbia saúda os irmãos em Cristo. Obrigada por suas orações”.
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