Portas Abertas • 13 mai 2019
No México, cristãos enfrentam perseguição por crerem no amor de Deus (imagem representativa)
Marcelino*, um indígena convertido ao cristianismo da comunidade de Santa Catarina, no estado mexicano de Jalisco, sabe muito bem o que significa ser perseguido por causa de sua crença religiosa. Ele esteve na prisão duas vezes. Seu crime, segundo as autoridades locais, era “acreditar em Jesus Cristo e desconsiderar as crenças de sua comunidade”. O México ocupa a 39ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019 e tem revelado um cenário violento contra os cristãos.
O abuso contra Marcelino e sua família não terminou com a expulsão de sua cidade natal após a sua libertação da prisão. Pelo contrário, ele foi assediado e ameaçado diariamente. Depois de deixarem a comunidade, sua esposa relatou que oito de seus cavalos estavam desaparecidos e ela suspeitou que eles tinham sido roubados por seus próprios vizinhos.
A situação levou a Portas Abertas no México a contratar um advogado local para inibir as ameaças e abusos contra Marcelino e sua família. Depois de analisar o caso, decidiu-se que o melhor curso de ação seria processar os vizinhos que perseguiam o cristão. Na audiência, os que haviam sido processados concordaram com um compromisso, mas perguntaram ao juiz se Marcelino poderia comparecer a uma assembleia local na cidade de Santa Catarina para selar o acordo.
O advogado contratado pela Portas Abertas aconselhou Marcelino a comparecer à assembleia acompanhado de seu pastor. Lá, ambos foram detidos e enviados para a prisão por dois dias. Marcelino foi convidado a assinar um documento no qual ele concordaria em desistir da ação legal e arcar com todos os custos incorridos. Imediatamente, o advogado apresentou uma queixa e, em uma audiência convocada para 10 de abril, insistiu em manter a ação judicial contra aqueles que haviam assediado Marcelino e sua família.
O advogado também anunciou que seu cliente estava processando as autoridades locais por roubo de gado. “Confiamos neles e fomos enganados”, disse o advogado. A Portas Abertas pediu a Marcelino que se mudasse da casa alugada em que ele estava morando com a família para outra, a fim de evitar novas agressões. O caso continua e Marcelino precisa do nosso suporte em oração.
*Nome alterado por segurança.
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