Portas Abertas • 4 fev 2024
Centenas de famílias continuam abrigadas nas igrejas
Na última semana, crianças refugiadas receberam uma surpresa alegre. Na última quarta-feira, 31 de janeiro, os pequeninos que estão abrigados em prédios das igrejas na cidade de Gaza receberam presentes por meio de contatos locais da Portas Abertas.
Depois de tantos bombardeios e noites sem dormir, as crianças com idades entre um e dez anos puderam desfrutar desse momento feliz, de lembrar que ainda são crianças e da alegria de brincar com os presentes. “Esta semana, as igrejas trouxeram e distribuíram brinquedos para as crianças”, conta um contato local que não fica em Gaza, mas está se comunicando com frequência com os cristãos locais.
Menino recebendo brinquedo da igreja em Gaza
Desde a intensificação da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, na Palestina, famílias cristãs se abrigaram em duas grandes igrejas na cidade de Gaza. A situação nas duas igrejas é complicada, com centenas de famílias vivendo juntas provisoriamente.
Quase todos os cristãos que havia em Gaza, aproximadamente 1.070 pessoas, foram buscar abrigo nas igrejas. Nas últimas semanas, a situação em torno das igrejas melhorou um pouco. “As pessoas conseguiram sair das igrejas por algumas horas para fazer atividades que precisavam. [Em 29 de janeiro], a luta estava muito perto da igreja novamente.”
O exército israelense ordenou que as pessoas de algumas partes da saíssem do Sul da Faixa de Gaza, mas os cristãos locais não receberam essa orientação. “Isso é algo positivo. As pessoas estão felizes por poder permanecer aqui. Elas enxergam a igreja como um oásis para os cristãos.”
O responsável de uma das igrejas disse que os brinquedos são uma ajuda extra, além da água potável e da comida que tem sido entregue aos refugiados. “As pessoas estão sem ânimo. Algumas pessoas ainda fazem encontros de oração e cultos, mas é muito difícil”, ele conta.
Os presentes lembraram as crianças da alegria do brincar, esquecida durante a guerra
Alguns cristãos conseguiram sair da Faixa de Gaza e emigrar para outros locais. O responsável conta que isso também está acontecendo na Cisjordânia. “Na região onde vivo, entre 25 e 30 famílias partiram, a maioria para o Canadá e Austrália”, ele conta. Apesar de a situação na Cisjordânia ser bastante diferente da que está se passando em Gaza, as pessoas emigram porque não há trabalho desde que Israel fechou as fronteiras, assim, elas não têm perspectiva de futuro ali.
A Portas Abertas pede à comunidade cristã global que ore pelas centenas de cristãos refugiados nos prédios, que continuam a confiar em Deus e são encorajados através da intercessão. Ore também pelas crianças que não podem brincar como costumavam e nem ir para a escola, pelos pais que não conseguem lidar com os traumas do conflito e para que a paz seja restabelecida em Israel e nos Territórios Palestinos.
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