Cristãos acusados de blasfêmia no Paquistão

As prisões e ataques violentos a cristãos aumentaram nos últimos meses

Portas Abertas • 25 ago 2022


A lei de blasfêmia prevê pena de morte no Paquistão (foto representativa)

A lei de blasfêmia prevê pena de morte no Paquistão (foto representativa)

No Paquistão, país que ocupa a 8ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2022, a minoria cristã continua a enfrentar discriminação, assédios e violência por causa da fé em Jesus. Nos últimos meses aumentou o número de cristãos acusados de blasfêmia e de vítimas de ataques violentos.


As denúncias de blasfêmia podem levar a punições com pena de morte no Paquistão e muitos cristãos foram condenados por causa dessa lei. Nenhuma morte foi executada ainda, mas eles continuam sob esse risco.


Blasfêmia


No dia 4 de julho, Ashfaq Masih, de 34 anos, um mecânico de bicicletas cristão de uma cidade vizinha a Lahore, no Nordeste do Paquistão, foi condenado à morte por blasfêmia durante discussão com um cliente, Muhammad Irfan.


O cliente pediu a Ashfaq que não cobrasse o conserto da bicicleta por ser um seguidor do sufismo, uma vertente mística do islamismo, mas Ashfaq recusou o pedido dizendo: “Eu sigo a Jesus, apenas ele. O status da sua religião no islamismo não me interessa”. O cristão foi preso por “desrespeitar o profeta Maomé”. O dono da loja onde ele trabalha acredita que tudo tenha sido planejado pelo proprietário da casa de Ashfaq e o dono de uma oficina vizinha, que ameaçavam o cristão há algum tempo.


Outro caso de blasfêmia aconteceu em 8 de junho, quando a Suprema Corte de Lahore manteve a pena de morte de dois irmãos cristãos que foram acusados em 2018 por “postar conteúdo blasfemo na internet”. Qaiser e Amoon Ayub disseram que eram inocentes. Eles já ficaram presos antes, em 2011, e dessa vez pretendem levar o caso à Suprema Corte do Paquistão.


Ataques


No dia 8 de agosto, um líder cristão foi morto e três adolescentes ficaram feridas quando dois homens armados dispararam fogo contra um vilarejo cristão em Mastung, 45 km ao Sudeste do Paquistão. A vítima, Wilson Masih, era irmão de Hendry Masih, membro cristão do parlamento que foi morto pelo segurança na mesma região em 2014.


Na região centro-oeste do Paquistão, na fronteira com o Afeganistão, casos de violência aumentaram nos últimos meses causados por grupos separatistas e militantes islâmicos. Apesar da absolvição de Asia Bibi pela Suprema Corte em 2019, o relatório da Portas Abertas sobre o país mostra que o número de casos envolvendo cristãos acusados de blasfêmia aumentou. “A lei de blasfêmia é usada para assuntos pessoais, para conseguir vantagens ou para vingar o rancor entre vizinhos”, diz o relatório.


Apoie cristãos presos


Além do Paquistão, outros países também condenam cristãos por causa da fé. Com uma doação, você ajuda a levar alimentos, medicamentos e advocacy (mobilização de instituições para defesa dos cristãos) e muda a realidade desses irmãos na fé que muitas vezes são ignorados.


Rodapé da campanha de ajuda para cristãos presos. Na imagem, uma cristã no cárcere. A mulher veste uma roupa escura e olha para as paredes escuras e com pintura descascando. Há um pequeno colchão gasto no chão, no lado direito da imagem.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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