Portas Abertas • 17 abr 2020
Cristãos se opuseram à decisão de governantes de entregar a região de Abyei aos missiriya
Na manhã do dia 13 de abril, a milícia muçulmana Missiriya atacou a vila de Mabook, no Sudão. O local fica em uma disputada fronteira ao sul do país a 25 km da cidade de Abyei. Durante o incidente, quatro cristãos foram mortos e duas crianças sequestradas. Além de queimarem uma igreja, os extremistas atearam fogo em 50 cabanas e 8 abrigos. Os demais moradores da aldeia foram espalhados pelo território e perambulam em busca de alimentos e um local seguro para ficar.
A região de Abyei é rica em petróleo e isso é motivo para que o Sudão e o Sudão do Sul disputem essa área. Em 2005, um tratado de paz foi feito entre os dois países, mas não houve acordo sobre o território, por isso ele ainda é controlado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O local também serve como pastagem para o gado do povo semi-nômade missirya durante seis meses.
O ex-presidente sudanês, Omar al-Bashir, tentou reconhecer os missirya como residentes da área, porém os cristãos que já habitavam a região resistiram à decisão com o argumento de que os criadores de gado ficavam apenas seis meses no território. A perseguição aos seguidores de Jesus no Sudão colocou o país em 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020. Além disso, a nação preocupa as autoridades internacionais durante a crise da COVID-19, já que não há infraestrutura para atender as demandas resultantes de uma pandemia.
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