Portas Abertas • 2 ago 2022
Fundamentalistas islâmicos não aceitam a conversão dos cristãos em Bangladesh (foto representativa)
Para os cristãos de origem muçulmana, Nur Alam, 38 anos, e Afzal Hosen, 35 anos, Cristo foi a melhor coisa que lhes aconteceu. Por isso, eles queriam mais do que tudo, compartilhar a fé deles com as pessoas ao seu redor, distribuindo Bíblias e literatura cristã. Recentemente, ambos vivenciaram os desafios da perseguição em Bangladesh, 29º país da Lista Mundial da Perseguição 2022.
No dia 23 de julho deste ano, Nur Alam foi sequestrado por fundamentalistas islâmicos. “Dois desconhecidos vieram à minha casa e pediram que eu os seguisse, pois o chefe deles queria conversar comigo. Eles rapidamente me sequestraram. Eu gritei pedindo ajuda, mas ninguém me ouvia”, disse Nur.
No dia 25 de julho, Afzal Hosen também foi sequestrado e interrogado com as mesmas questões: “Por que você deixou o islã e se converteu ao cristianismo? Quanto dinheiro você recebeu da igreja para se converter?”.
As respostas dos cristãos não agradaram os sequestradores, que ordenaram aos dois que voltassem ao islã. “Se vocês voltarem para o islamismo, daremos um novo emprego e uma nova casa para vocês recomeçarem a vida”, eles disseram. Nur recusou os presentes e escolheu Jesus todas as vezes. Então eles disseram: “Se você não renunciar a sua fé, vamos matá-lo e ninguém vai encontrar o seu corpo aqui. Depois, vamos matar a sua esposa e o seu filho!”.
Apesar das ameaças assustadoras, Nur permaneceu firme na fé e ainda assim escolheu Jesus. Os criminosos trancaram Nur por 30 horas sem comida, água ou lugar para dormir. Ele ficou fraco física e mentalmente, mas sua fé se manteve firme.
“Passei a noite toda orando, pedindo ao Senhor que me levasse em segurança para casa. Eu ficava imaginando o rosto da minha esposa e do meu filho, mas ainda tinha esperança e confiança em Deus de que seria protegido. Eles perceberam minha fé firme em Jesus e que aquela estratégia não estava funcionando. Por isso, deixaram que eu fosse embora e disseram que eu não deveria contar a ninguém o que aconteceu comigo”, disse Nur Alam.
O mesmo se passou com Afzal. “Quanto mais mostrava estar seguro da fé em Jesus, eles repetiam que eu estava fazendo a coisa errada e que eu deveria parar de converter outras pessoas. Respondi que eles podiam me matar, mas não podiam abalar a minha fé. Estava pronto para qualquer situação e tinha certeza do que estava fazendo”, disse Afzal.
Ele foi levado para uma casa no deserto, onde foi trancado em um quarto imundo sem comida, água ou cama por 24 horas, então foi liberto sob as mesmas ameaças de que nunca deveria contar a ninguém o que havia acontecido.
Os parentes de Nur e Afzal ficaram com medo, sem saber se os dois voltariam para casa. Foi a igreja local e o pastor que ajudaram, pois não sabiam a quem mais recorrer. O pastor logo reconheceu o grupo e ameaçou denunciar o sequestro caso os cristãos não fossem libertados. No dia seguinte, Nur e Afzal voltaram para casa.
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