Portas Abertas • 27 jun 2024
Muitos cristãos foram mortos ou obrigados a fugir da Palestina
A guerra continua avançando há oito meses em Gaza, um dos Territórios Palestinos. O conflito e os bombardeios cobraram o seu preço. Perdas materiais e inúmeras vidas ceifadas fazem parte da realidade atual da região. Muitos viram suas casas se tornarem ruínas diante dos seus olhos e a necessidade de ajuda é grande.
Contatos locais confirmaram que 33 das vítimas mortas na guerra faziam parte dos 1.070 cristãos que viviam na região antes do conflito se agravar em Gaza. Estima-se que mais de 600 homens e mulheres cristãos permanecem refugiados nas igrejas na cidade de Gaza. “Ficar fechado na igreja com centenas de pessoas limita a privacidade e afeta o relacionamento das pessoas. Quando sairmos, teremos que trabalhar nossa saúde mental, curar os traumas, mas também precisaremos curar os relacionamentos”, disse um cristão abrigado em uma das igrejas em Gaza.
“A guerra nos deixou exaustos. Os dias passam sem esperança. Estamos cansados, não faz mais sentido pensar no futuro. O cheiro da morte paira no ar e a destruição é vista por todos os lados. Não há vida em minha cidade. Oh, Deus, nos salve”, oração de cristão afetado pela guerra entre Israel e Hamas. Por isso, a Portas Abertas tem apoiado igrejas locais no socorro aos cristãos em Israel e nos Territórios Palestinos afetados pela guerra.
Um dos projetos de cuidados pós-trauma para vítimas da guerra é organizado por Rami, em Gaza. Como um cristão que cresceu em meio ao conflito, ele é bastante ciente do trauma que a guerra tem causado a muitas gerações de famílias cristãs. “Digo com segurança que todos os palestinos, não só em Gaza, estão traumatizados. A necessidade é maior do que podemos oferecer. Focaremos em comunidades cristãs, já que não há quem os ajude”, disse Rami.
“O trauma no contexto palestino é endêmico, intergeracional, não se resume a um incidente. Queremos restaurar a esperança dos nossos irmãos na fé, para que mais cristãos permaneçam nos Territórios Palestinos”, contou o organizador do projeto de cuidados pós-traumas.
Pedidos de oração
© 2024 Todos os direitos reservados