Portas Abertas • 10 fev 2017
Foto ilustrativa
Recentemente, mais de vinte estudantes de medicina de origem britânica, que estavam matriculados na Universidade de Ciências Médicas e Tecnologia em Cartum, no Sudão, abandonaram os estudos e se uniram ao Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque. Eles estavam cursando Medicina, Odontologia e Farmácia. De acordo com relatórios investigativos, até mesmo filhos de profissionais médicos fazem parte do maior grupo já recrutado pelo EI.
O Sudão é um dos sete países que foram barrados de entrar nos EUA através de um decreto assinado pelo presidente norte-americano, Donald Trump (os demais países são Iraque, Iêmen, Irã, Síria, Líbia e Somália). Embora a lei ainda esteja suspensa, as autoridades britânicas acreditam que esses recrutas estão em territórios islâmicos desde março de 2015 e que a maioria foi destinada a trabalhar em instalações médicas controladas pelo grupo nas cidades de Raqqa e Deir ez-Zor, na Síria e Mossul, no Iraque.
As agências de inteligência britânicas estão pesquisando os perfis dos novos jhadistas nas mídias sociais. Existe a preocupação que esses estudantes ou médicos estejam coordenando futuros ataques ao Reino Unido. Pelo menos um dos estudantes já estabeleceu contato via Facebook com um condenado jihadista britânico, Suhaib Majeed, que foi considerado culpado no ano passado de tentar realizar uma série de ataques coordenados pelo EI, no Reino Unido, com o objetivo de matar soldados, policiais e civis.
Majeed tem 22 anos e juntamente com Tarik Hassane, da mesma idade, e ex-estudante de Medicina no Sudão, apelidado de ""Cirurgião"", já foram considerados culpados e condenados à prisão perpétua. Vários recrutas sudaneses também estiveram conectados pelas mídias sociais com Mohammed Fakhri Al Khabbas, um britânico que também facilitou o recrutamento feito na Universidade. Al Khabbas, liderou a Associação Cultural Islâmica na universidade e usou isso como gancho para convidar pregadores radicais à vários eventos no campus. O que levou as autoridades britânicas a enviar uma delegação à universidade na tentativa de barrar o recrutamento. Atualmente, é possível que ele esteja em Raqqa, de onde já escreveu vários discursos encorajando os muçulmanos.
Esse tipo de notícia é um alerta à Igreja Perseguida, não apenas no Sudão, no Iraque ou Síria, mas no mundo todo. Cada vez que o Estado Islâmico conquista novos adeptos que nem sequer são de origem muçulmana, tem-se a ideia do quanto eles estão se organizando para islamizar as nações. Onde há a tentativa de um califado, há muita violência, guerra e desordem. E, principalmente, em nações onde há comunidades cristãs já estabelecidas, a perseguição tende a aumentar. Não deixe de orar pelos nossos irmãos perseguidos.
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