Portas Abertas • 24 set 2022
Grupo separatista Ambazonia sequestrou nove cristãos e incendiou a igreja (foto representativa)
Uma igreja foi atacada na cidade de Nchang, Sudoeste de Camarões. A região é próxima à fronteira com a Nigéria, onde os extremistas têm feito diversos ataques recentemente. Os relatos confirmaram que 30 homens armados invadiram a igreja na sexta-feira, 16 de setembro, atiraram para cima e incendiaram a igreja. Eles também raptaram cinco líderes da igreja e outros quatro cristãos.
O grupo separatista Ambazonia se responsabilizou pela ação. Ele costuma atacar regiões onde há presença inglesa para destruí-la. Apesar da motivação do ataque ser político, a igreja enviou uma carta no domingo dizendo que desde o fortalecimento do grupo separatista em 2016, cristãos têm sido alvos de raptos, torturas e tiroteios.
A igreja disse que escolas, hospitais e outras instituições administradas por ela são atacadas com frequência. Um representante do Ambazonia disse que o grupo considera a escola um instrumento de manipulação da cultura inglesa em Camarões, por isso o ataque.
Outras igrejas se mobilizaram na região contra o fechamento das escolas e raptos do Ambazonia. Um dos representantes da comunidade cristã local disse: “As pessoas nos conhecem pela defesa da paz e da justiça. Não queremos nos envolver em conflitos políticos. A carta enviada é um pedido de oração. Lamentamos os sequestros e pedimos aos cristãos que orem pelos que foram raptados”. Além dos custos financeiros para reconstruir os edifícios, 750 mil pessoas estão deslocadas por causa dos conflitos internos no país.
O representante da Portas Abertas na África comentou: “Condenamos veementemente os ataques às instituições cristãs, sequestros e violência aos cristãos. Não podemos classificar a situação como perseguição aos cristãos, pois não é o foco dos separatistas, no entanto, não deixamos de preocuparmo-nos com os efeitos brutais que o conflito político tem trazido para a igreja e os ministérios cristãos”.
O governo mobilizou a defesa para o Norte do país, o que deixou o Oeste exposto aos ataques do Boko Haram, extremistas religiosos cujo principal alvo são os cristãos. Moradores da região e grupos humanitários relatam que as ações do governo são ineficientes para protegê-los.
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