Igrejas são invadidas no Quirguistão

Os policiais disseram que as igrejas organizaram “atividades missionárias ilegais”

Portas Abertas • 20 ago 2023


As igrejas são intensamente monitoradas no Quirguistão (foto representativa)

As igrejas são intensamente monitoradas no Quirguistão (foto representativa)

No início de 2023, a Comissão de Assuntos Religiosos (SCRA, da sigla em inglês) junto à polícia secreta do “Departamento de Combate ao Extremismo e Migração Ilegal” no Quirguistão organizou uma operação contra duas igrejas.  


O grupo invadiu dois templos durante os cultos dominicais. Algumas pessoas tentaram fugir de uma das igrejas, mas foram forçadas pelos policiais armados a voltar para dentro do templo.
 


Atividades missionárias ilegais
 


Os cristãos ficaram sob o controle dos policiais por volta de uma hora e meia e apenas deixaram o local depois que duas líderes cristãs, Daniela Cincilova e Eva Eliasova assinaram um documento em que se declaravam “culpadas” por “atividades missionárias ilegais” e por “disseminar uma ideologia”.
 


Além da declaração de culpa, elas foram obrigadas a pagar uma multa de 7.500 soms (moeda quirguiz), o que corresponde ao salário de quase duas semanas de trabalho.
 


De acordo com a lei do Quirguistão, todos os estrangeiros precisam de uma autorização por escrito do Estado para pregar e organizar cultos. As líderes cristãs não violaram essa lei, pois apenas tinham lido as passagens da Bíblia na igreja, sem explicar ou pregá-las. Um cristão local afirmou que
a ação da polícia foi movida pela ignorância.  


Outra igreja invadida
 


A igreja solicitou o cancelamento das multas aplicadas, mas o Estado não aceitou a solicitação. Dois cristãos de outra igreja próxima também foram multados pelo crime de “atividades missionárias ilegais” e a igreja também foi invadida por policiais. O líder da igreja compartilhou com o portal de notícias Forum 18 que está com medo de novas represálias.
 


Alguns dias depois das invasões, a polícia secreta enviou uma carta às igrejas afirmando que se outras “violações” fossem descobertas, as autoridades “liquidariam” as igrejas cristãs. Toda a situação mostra que o registro das igrejas pelo Estado não garante que elas não serão perseguidas.
 


“De maneira prática, o registro apenas permite que você exista.
Líderes cristãos têm medo da repressão. Muitas igrejas pequenas sequer tentam conseguir o registro do Estado pelo medo de que se tornem alvos da polícia e que, ao entregar os dados exigidos pelo governo, com detalhes dos membros das igrejas, isso aumente a pressão na vida pessoal dos cristãos”, disse um defensor de direitos humanos em entrevista ao Forum 18.  


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