Intensificação da guerra afeta cristãos na Coreia do Norte

Discurso hostil de Kim Jong-un ameaça a segurança dos cristãos secretos

Portas Abertas • 11 jan 2024


Os cristãos são vistos como inimigos na Coreia do Norte

Os cristãos são vistos como inimigos na Coreia do Norte

Mísseis norte-coreanos penetraram o céu da Ucrânia. Granadas de artilharia foram lançadas em duas ilhas da Coreia do Sul. Esses fatos reforçam as ameaças de guerra do líder norte-coreano Kim Jong-un que se intensificaram nos últimos dias. Por isso, o país que ocupa a primeira posição na Lista Mundial da Perseguição 2023 voltou às manchetes de jornais pelo mundo todo.  

 

Em visita à Rússia, Kim Jong-un entregou mísseis que foram usados na guerra contra a Ucrânia. A ação foi uma violação direta ao embargo de armas, assinado pela Rússia, que proíbe que os países vendam ou comprem armas da República Democrática da Coreia do Norte. No dia 30 de dezembro de 2023, foi constatado que os mísseis lançados em um terreno na Ucrânia estavam identificados com o selo de produção norte-coreano.  

 

Os ataques recentes a duas ilhas da Coreia do Sul também forçaram cidadãos a se esconderem dos bombardeios. Yo song, a irmã de Kim Jong-un e braço direito do líder norte-coreano, afirmou que a Coreia do Sul “se enganou quanto ao som da artilharia”. Militares da Coreia do Sul contra-atacaram, por isso o líder norte-coreano anunciou em discurso à comunidade internacional que estava se preparando para a guerra.  

 

Como isso afeta os cristãos? 

 

A situação não afeta apenas a comunidade internacional, pois os aproximadamente 400 mil cristãos secretos norte-coreanos também estão em risco. Como toda a população, eles sofrem sob desígnios do governo que passa sobre os direitos humanos sem qualquer preocupação. Além dos que são considerados inimigos externos da Coreia do Norte, os cristãos são vistos como inimigos internos e uma ameaça às ideologias do governo, por isso enfrentam grande perseguição.   

 

Muitos deles estão presos ou em campos de trabalho forçado. Eles são vistos como criminosos, e a Bíblia é um livro proibido. Nas prisões, eles são vítimas de torturas e, em alguns casos, são mortos. Já os que são enviados para campos de trabalho forçado podem nunca mais voltar para a casa.  

 

Se os recursos mal chegavam a esses cristãos, com a tensão no país, eles são os primeiros prejudicados, visto que o Estado não enxerga suas necessidades e direitos. Desde que Kim Jong-un se tornou o sucessor do pai, Kim Jong-iI, em 2011, o discurso hostil e as ameaças de novos conflitos, com testes de mísseis recorrentes, se intensificaram. Ele usa o mesmo discurso do pai: palavras fortes, ameaças e testes nucleares e de mísseis; no entanto, o filho o faz com muito mais vigor e de fato concretiza algumas das ameaças.   

 

Essa busca incessante por afirmação no cenário internacional por meio da guerra deteriorou profundamente a economia norte-coreana. Muitas pessoas têm deixado o país ou demonstram o desejo de que o regime mude. Isso faz com que a rigidez de Kim Jong-un aumente, na tentativa de manter o frágil controle da nação. No meio da crise, os cristãos secretos estão ainda mais ameaçados. Por favor, ore pela segurança de nossos irmãos na fé e pela paz da Coreia do Norte.  


Propague as boas-novas para os norte-coreanos 

A única maneira de muitos cristãos na Coreia do Norte receberem conteúdo cristão é por meio de programas de rádio clandestinos. Sua doação permite que cristãos norte-coreanos isolados tenham acesso a transmissões de rádio que os encorajam na caminhada com Jesus. Apoie esse projeto! 

 

Pedidos de oração 

  • Clame a Deus pela segurança e por alimentos para os cristãos perseguidos na Coreia do Norte.  
  • Interceda pela conversão dos líderes norte-coreanos, para que sejam alcançados e transformados pelo amor de Jesus.  
  • Peça a Deus que traga paz à Coreia do Norte.  
  • Ore pela nação norte-coreana que padece em meio à guerra e à fome.


     

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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