Portas Abertas • 29 out 2022
A insegurança tornou cinco milhões de pessoas em deslocadas internas
A Portas Abertas noticiou na quinta-feira (27) o resultado de um dos ataques a um hospital cristão na República Democrática do Congo (RDC). Mas outros dez incidentes aconteceram apenas em outubro no país. Todos foram atribuídos ao grupo rebelde Forças Aliadas Democráticas (ADF, da sigla em inglês). Os estados de Kivu do Norte e Ituri foram os mais afetados. O grupo estava concentrado na cidade de Beni, mas recentemente espalhou-se em outros municípios como Butembo e Lubero.
A situação intensificou o medo de que a ADF esteja expandindo o controle na RDC. Ao menos 65 pessoas foram assassinadas nos ataques dos militantes. Outros incidentes devem ter acontecido sem relatos oficiais, sobretudo nas regiões remotas e vilarejos pequenos.
Entre os dias 3 e 4 de outubro, militantes do grupo ADF atacaram o vilarejo de Vido, na cidade de Beni. Eles mataram 11 cristãos com machados e facões. Um dos cristãos era Sobo Mungeke, pai de sete filhos e evangelista comprometido da região.
Algumas pessoas tentaram escapar, mas foram alvejadas por tiros. Segundo o líder da sociedade civil local, algumas casas do vilarejo foram incendiadas e o número de pessoas sequestradas ainda não foi determinado.
O ataque esvaziou os vilarejos e, consequentemente, as igrejas. Os cultos ficaram desertos ou foram cancelados por causa dos atentados. Um líder cristão da região afirmou: “Os cristãos estão com medo e sem saber o que fazer. É a segunda vez que os rebeldes atacam nossa igreja. No primeiro ataque, perdemos o pastor e no segundo mataram nosso evangelista. Que Deus tenha misericórdia de nós e restaure a paz”.
No dia 19 de outubro, dois ataques simultâneos aconteceram na cidade de Beni. Um cristão de 54 anos ficou ferido ao pisar em uma mina explosiva. Ele estava escondido por causa de outro atentado e foi atingido assim que saiu do esconderijo.
Outros três cristãos foram assassinados no estado de Irumu no mesmo dia. Fontes contaram que os militantes encurralaram os veículos, mataram os três e queimaram os carros. No ataque mais recente, no dia 20 de outubro, uma médica cristã e outros 11 cristãos foram mortos.
Os ataques recorrentes tornaram cinco milhões de pessoas em deslocadas internas. Muitas vão para cidades menores ou abrigos onde as condições de sobrevivência são precárias. Elas enfrentam a falta de alimentos, roupas e moradia. “A situação é séria. Precisamos alertar as igrejas do mundo todo sobre a situação na República Democrática do Congo”, disse um pastor local.
Os ataques de grupos extremistas e milícias deixam milhares de cristãos sem alimentos, roupas e Bíblias. Tudo porque creem em Jesus. Com uma doação, você atende às necessidades urgentes de milhares de cristãos perseguidos.
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