Portas Abertas • 19 abr 2022
Muçulmanas que encontram Jesus são perseguidas tanto pelos familiares como pela comunidade no Sudeste da Ásia (foto representativa)
[Atualização em 10 de maio às 14h]
Dhea (pseudônimo) cresceu em uma família muçulmana do Sudeste Asiático achando que o islamismo era a única fé que existia. Desde pequena ela queria agradar a Alá e por isso fazia tudo o que os líderes religiosos e o Alcorão mandavam.
Mas aos 15 anos, todo esforço para ser bem vista por Alá foi jogado fora, já que Dhea foi abusada sexualmente e ficou grávida. Na cultura local, ela foi considerada culpada por tudo o que aconteceu, pois engravidou de um homem influente da comunidade onde vivia.
Dhea foi penalizada com chicotadas e dois anos de prisão exilada em uma região distante no país. A jovem, que antes era admirada pela devoção ao islã, tornou-se vergonha tanto da família como da comunidade. Após ser agredida com frequência, Dhea teve uma menina prematura aos seis meses e 26 dias, mas a criança faleceu após o nascimento.
A muçulmana contraiu malária enquanto estava presa e foi levada ao hospital. Lá conheceu um cristão que estava de passagem pelo país. Quando voltou para a prisão, ela recebeu uma Bíblia dele. Naquele momento, ela sentiu muita raiva do remetente, pois se fosse pega com o livro sagrado do cristianismo seria castigada.
Então, decidiu queimar o presente, mas antes o leria para entender porque ele era considerado tão perigoso. Dhea foi impactada pelos versículos e passou a ler a Bíblia todos os dias. “Li coisas que nunca tinha ouvido antes — sobre um Deus que era amoroso e perdoador. Então, entendi que o Senhor Jesus é meu Salvador, meu Deus”, reconhece.
Quando Dhea cumpriu toda a pena, voltou para casa e logo contou sobre seu encontro com Jesus. Ela foi reprovada pelos pais e perdeu o direito à herança. Também foi questionada pelas autoridades locais e foi presa novamente.
A recém-convertida saiu da prisão e mudou de país para estudar e trabalhar, tudo com o apoio da família na fé. Hoje ela é apoiada pela Portas Abertas e tem um ministério de hospitalidade. "As pessoas podem vir aqui para receber ajuda de qualquer tipo, seja para uma infecção na garganta ou até para tratamentos de câncer. Eu abro minha casa para desconhecidos, ofereço comida de graça e eles sabem que sou uma seguidora de Jesus. Eu os trato como minha própria família”, explica.
A Portas Abertas apoia Dhea e outros cristãos secretos no Sudeste Asiático. Mas há mais irmãos que precisam receber recursos para suprir as necessidades básicas, como moradia, alimentação e outros problemas materiais inesperados. Doe e fortaleça a família na fé.
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