Portas Abertas • 19 set 2022
Inúmeras crianças foram vítimas de fome, cólera e disenteria
Na última sexta-feira, compartilhamos a notícia sobre as enchentes no Paquistão. A catástrofe natural deixou inúmeras crianças mortas, entre outros desafios. Um parceiro local contou: “Quando encontrei Sunali*, ela estava tremendo por causa do choque que levou em um curto-circuito. A casa dela ficou destruída e o filho estava preso nos destroços, com feridas graves e rodeado por mosquitos. Ele ficou chorando por horas”. De alguma forma, Sunali conseguiu sair dos escombros com o filho e contatar parceiros do ministério Alive que foram socorrê-la.
Os casos de disenteria e cólera estão aumentando, assim como o número de mortes causadas pela fome, especialmente entre crianças. “Um número alarmante de pessoas afetadas está abaixo da linha da pobreza. Antes das enchentes a situação já era complicada, mas, agora, pais estão deixando de comer durante dias para que os filhos tenham alimento”, comentou um cristão local.
“Quando nossas mãos estão vazias de alimento, clamamos ao Senhor. Ele nos ouve e provê o que precisamos. Muitas vezes não é o que queremos. Às vezes ele envia amigos, palavras de encorajamento e pessoas com muito amor. De alguma forma, ele tem sustentado os seus filhos em todo o tempo”, disse Rugia*, professora de uma escola local.
A fome atingiu um ponto em que a lei deixou de ter autoridade para as pessoas. Alguns optam por roubar comida dos vizinhos para se alimentarem. Minorias, sobretudo os cristãos, já são negligenciadas em situações comuns. Mesmo nesse momento vulnerável, cristãos continuam em risco de falsas acusações e sequestro e alguns de fato foram presos sob alegação de forçar a conversão das pessoas ao cristianismo.
Muitas meninas foram abusadas e separadas da família nessa crise. Alguns rapazes organizaram um grupo chamado “vigias da segurança” para proteger as moças da comunidade. Arsalan* nadou 3 km com a água na altura do pescoço para manter as irmãs em segurança. Os proprietários de terras, apesar de saberem que as mulheres têm sido abusadas na região, ignoram os crimes que acontecem em suas terras.
Os deslocados pela enchente, que não têm para onde ir, também estão vulneráveis a crimes e a grupos violentos. Muitos cristãos que estavam escondidos e seguros estão completamente expostos aos extremistas agora. Muitos precisaram ir morar com a família na rua, pois as construções estão em risco de desabar a qualquer minuto.
A situação é crítica, mas os parceiros da Portas Abertas, pastores e o ministério Alive estão se mobilizando como podem para alcançar o máximo de pessoas. Como as estradas e outras infraestruturas se foram com as chuvas, a situação é desafiadora. Ainda mais onde apenas as pessoas que odeiam os cristãos fazem parte das equipes de resgate. Mas os cristãos mantêm a fé no cuidado e providência do Senhor e contam com as orações da igreja global.
*Nomes alterados por segurança.
Pedidos de oração
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