Portas Abertas • 17 mai 2024
Prisões sob a lei anticonversão são exemplos da violência que cristãos enfrentam na Índia
Nos últimos dias, a perseguição aos seguidores de Jesus teve um aumento significativo na Índia. Incidentes envolvendo violência física, prisões arbitrárias (ou seja, sem direito a julgamento adequado ou baseado em falsas evidências) e ataques a instituições cristãs foram reportados em várias partes do país.
Dado o tamanho do país e da própria população, o processo de eleições gerais, que começou no dia 19 de abril, deve terminar apenas em 1º de junho. O período, que já costuma envolver certa tensão, se tornou ainda mais crítico com movimentos de apoio ao avanço das leis anticonversão e aos discursos anticristãos.
Para os grupos radicais, o cristianismo é visto como uma traição à nacionalidade indiana. No país majoritariamente hindu, aqueles que abandonam a religião tradicional para seguir a Jesus são alvos de retaliações.
“Oramos para que as pessoas não se deixem levar pelos discursos exaltados, mas votem com sabedoria, em busca do que for melhor para a nação. E clamamos para que a equidade, a não discriminação e a tolerância religiosa sejam pilares da nova gestão”, compartilha uma parceira local.
O pastor Ravi (pseudônimo) foi vítima de um dos atos de violência que pressionam os cristãos na Índia. Ele e outros cristãos foram atacados com brutalidade e depois levados presos durante um mês sob falsa acusação de conversão religiosa forçada. Os radicais também ameaçaram cortar a água e a energia elétrica dos cristãos caso não saiam do vilarejo onde vivem atualmente.
Ao menos 152 cristãos no vilarejo de Ravi estão sob pressão para deixarem a fé em Jesus e voltarem ao hinduísmo. O pastor saiu da prisão, mas está sendo vigiado. Ainda assim, ele continua o trabalho de visitas pastorais para encorajar os cristãos locais e orar por eles.
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