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Portas Abertas • 10 abr 2025
O pastor Raymond Koh (poster central) foi sequestrado em 2018 por compartilhar o evangelho na Malásia
Na segunda-feira (7), começou uma nova etapa do caso judicial que investiga o desaparecimento do pastor Raymond Koh na Malásia. A audiência teve como testemunha de defesa Datuk Awalludin, que era o diretor assistente chefe da Polícia Nacional, da Unidade Especial, na época em que o pastor Raymond Koh foi raptado.
Durante o processo, o advogado da família Koh, Dato Jerald Gomez, fez uma série de perguntas. No entanto, Datuk Awalludin repetidamente tentou evitar responder, afirmando “está além do meu conhecimento” ou “não consigo lembrar a informação”.
Em 2016, Datuk Awalludin participou de um seminário como convidado principal. Durante seu discurso, ele fez referência ao caso envolvendo a Igreja Metodista Damansara Utama (DUMC), em que um evento organizado pela instituição de caridade do pastor Raymond Koh foi supostamente ligado à propagação do cristianismo. Datuk Awalludin falou sobre métodos de propagação religiosa, alegando que os organizadores ocultaram suas identidades para enganar os muçulmanos ao realizar tais eventos.
Durante o interrogatório, foram levantadas questões sobre suas declarações no discurso. Datuk Awalludin afirmou que o evento organizado pela DUMC foi um “majlis buka puasa” (evento de quebra do jejum durante o Ramadã). No entanto, o advogado Dato Jerald Gomez fez referência ao relatório da SUHAKAM (Comissão de Direitos Humanos da Malásia), apontando que o evento foi o Jantar de Arrecadação de Fundos de Ação de Graças organizado pela instituição de caridade do pastor Raymond Koh. Em resposta, Datuk Awalludin disse que os procedimentos na SUHAKAM eram tendenciosos e, portanto, não deveriam ser confiáveis.
Além disso, em seu discurso de 2016, Dato Awalludin mencionou que a questão do terrorismo é semelhante ao cristianismo no sentido de tentar forçar a conversão dos muçulmanos e também em relação ao grupo de muçulmanos xiitas, que não é permitido na Malásia.
No entanto, Dato Awalludin recusou-se a reconhecer ter feito essas declarações. Quando perguntado se seus comentários refletiam sua agenda pessoal ou a posição do PDRM como um todo, ele não afirmou ou negou.
Houve atrasos no interrogatório devido a interrupções constantes de Datuk Awalludin às perguntas de Dato Jerald. Devido a isso, o interrogatório ainda não foi concluído com a testemunha.
Susanna Koh pediu: “Por favor, orem por nós durante este momento crucial. Orem pela proteção de nossos advogados e de nossa família também. Eles estão enfrentando o governo e não é fácil. Orem por sabedoria também e para que a verdade seja revelada”. A esposa do pastor, que luta pelo reconhecimento do caso de perseguição religiosa contra o marido, conta com as orações da igreja global pela conclusão do julgamento que teve avanços significativos desde 2023, mas ainda tem muitas etapas.