Portas Abertas • 10 mar 2024
O Ramadã é o período de jejum islâmico que une os muçulmanos de todo o mundo em um só propósito
O Ramadã é o mês do jejum islâmico. Apesar da data ser variável a cada ano, o Ramadã tem início oficialmente ao ser avistada a lua crescente em Meca, na Arábia Saudita, na data divulgada. Então, muçulmanos de todo o mundo começarão a jejuar a partir do próximo nascer do sol. No total, são 30 dias de jejum. Você tem perguntas sobre o Ramadã? Talvez tenha dúvidas sobre o que o Ramadã tem a ver com os cristãos e por que a Portas Abertas aborda o assunto. Aqui você encontrará as explicações necessárias sobre o Ramadã e suas implicações para a Igreja Perseguida.
Leia a seguir uma série de perguntas e respostas sobre o tema.
O período do Ramadã tem uma importância religiosa e social nos países de maioria islâmica e cristãos que vivem nessas nações são impactados por ele. Nesses locais, é comum que eles enfrentem a opressão islâmica como o principal tipo de perseguição. Prova disso é que dos 50 países da Lista Mundial da Perseguição 2024, 39 têm a opressão islâmica como tipo de perseguição. Assim, o Ramadã afeta diretamente a Igreja Perseguida nos países de maioria muçulmana.
No Ramadã, os muçulmanos se sentem mais unidos do que nunca em uma comunidade global. Esse sentimento dá espaço a um exclusivismo religioso, em que todos os que não praticam essa fé são vistos como infiéis e, em casos mais extremos, dignos de algum tipo de punição. Assim, é inaceitável para radicais da maioria muçulmana que os não muçulmanos possam comer enquanto eles jejuam.
O Ramadã é o nono mês do calendário islâmico e celebra a primeira revelação que Maomé recebeu do Alcorão. O propósito do jejum realizado durante todo esse mês é tirar os muçulmanos de seu cotidiano e fazê-los reexaminar sua vida sob o contexto de um ideal maior. Por exemplo, quando você experimenta fome, torna-se mais consciente do sofrimento dos pobres; e, ao passar por um sofrimento real, mas limitado, pode se preparar para provas mais duras. O jejum do Ramadã é um dos cinco pilares do islamismo e é obrigatório para todos os seus seguidores. Mesmo muçulmanos nominais, não tão conservadores, observam o Ramadã. O sentimento de comunidade é muito forte durante o período.
Todos os muçulmanos devem se abster de comer, fumar, beber (até mesmo água) e ter relações sexuais, entre outras restrições, durante o dia, isto é, do nascer até o pôr do sol. Excluem-se da obrigação crianças menores de 12 anos, mulheres grávidas ou que amamentam, pessoas debilitadas, idosas e enfermas.
O Ramadã acontece de variadas formas, mas algumas coisas são comuns como o jejum e os períodos de oração. Na Península Arábica, os cristãos estrangeiros disseram que não há uma pressão especial nessa ocasião, no entanto, os cristãos de origem muçulmana não podem revelar sua fé sob o risco de serem atacados, presos e até mortos.
Já no Oeste Africano, líderes religiosos vão até cidades vizinhas com um grande número de muçulmanos para mostrar que são muito numerosos. Os cristãos que deixaram o islã são pressionados a recitar a shahada (confissão que declara: “Não há outro Deus além de Alá e Maomé é seu profeta”). Caso não obedeçam, são considerados inféis e correm o risco de serem agredidos, proibidos de comer e até mortos.
A palavra "islã" significa "submissão".
Os pilares são as cinco práticas a que um muçulmano devoto precisa se dedicar durante a vida.
Além de orar, você pode contribuir para fortalecer os cristãos secretos que vivem em contexto islâmico, como nossos irmãos no Centro e Sudeste da Ásia. Contribua para o apoio imediato nas necessidades básicas de cristãos secretos de contexto muçulmano.
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