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É extremamente arriscado se tornar cristão na Arábia Saudita. Além de ser ilegal abandonar a fé islâmica, convertidos enfrentam oposição intensa da família e da comunidade. Em uma cultura de vergonha e honra, deixar o islã para seguir a Jesus é considerado a pior coisa que alguém pode fazer. Isso pode resultar em pressão psicológica, rejeição, confinamento, agressão física e até mesmo assassinato, como forma de restaurar a honra familiar.
Por consequência, a maioria dos cristãos sauditas opta por viver a fé de maneira discreta e secreta. Esse sigilo pode ser tão extremo que muitos não compartilham a fé nem com o cônjuge ou os filhos.
Apesar de não existir igrejas ou reuniões cristãs legais, os cristãos secretos estão mais ousados e compartilham a fé pela internet e em canais de TV cristãos via satélite. Quando descobertos, enfrentam sérias consequências.
A maior parte dos cristãos que vivem na Arábia Saudita são trabalhadores temporários de outros países. Eles são proibidos de compartilhar a fé com cidadãos sauditas, e os encontros para adoração são restritos. Descumprir essas regras pode levar a prisão e deportação.
Parceiro da Portas Abertas falando sobre Waleed (pseudômino), que se tornou cristão após clamar a Deus ao estar cercado por espíritos malignos
As mulheres e meninas têm ação limitada na sociedade islâmica controlada por homens da Arábia Saudita. Elas estão sob constante vigilância da família e da comunidade e até praticar a fé cristã em segredo é um grande desafio.
Para as sauditas que se tornam cristãs, o perigo vem principalmente da família e da comunidade muçulmana. Elas enfrentam violência física, assédio e podem ser forçadas a se casar com muçulmanos conservadores como uma medida “corretiva” (às vezes, como segunda esposa).
Outras meninas podem ser colocadas sob prisão domiciliar rigorosa, ter o celular confiscado e ser isoladas do mundo exterior. Cristãs casadas temem o divórcio e a perda da guarda dos filhos. Sempre há risco de cristãs serem mortas para restabelecer a honra das que pertencem a famílias muçulmanas mais radicais.
Fora do contexto do casamento, fontes relatam que casos de abuso e violência sexual são comuns na Arábia Saudita, especialmente entre milhares de empregadas domésticas estrangeiras não muçulmanas.
Na sociedade dominada por homens, cristãos pagam um preço alto caso sua fé seja descoberta. Qualquer desvio do comportamento padrão é rapidamente notado. Homens que deixam o islã para seguir a Jesus são uma ofensa aos pais e são punidos publicamente com agressão ou expulsão de casa. Além disso, podem ser negados a eles qualquer tipo de apoio financeiro e oferecidos incentivos materiais para retornar ao islamismo e revogar a “vergonha” que causaram ao nome da família. Outra prática comum é serem levados a um líder religioso islâmico que tenta forçá-los a renunciar à fé cristã.
Há relatos de homens cristãos que enfrentam discriminação no trabalho, sendo negadas promoções ou aumentos salariais. Eles também podem ser pressionados a trabalhar mais horas e assediados para que abandonem o cristianismo. Diante dessas pressões e das possíveis repercussões econômicas para suas famílias, a maioria dos convertidos escolhe viver como cristãos secretos.
A Portas Abertas apoia o corpo de Cristo na Península Arábica por meio de campanhas de oração, distribuição de literatura cristã e treinamento de cristãos e líderes.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Arábia Saudita são: opressão islâmica, opressão do clã e paranoia ditatorial.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Arábia Saudita são: oficiais do governo, líderes de grupos étnicos, líderes religiosos não cristãos, cidadãos e quadrilhas, parentes, grupos religiosos violentos.
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