Presos por amor a Cristo

Saiba como um grupo de cristãos, que incluía a jovem Soy de 14 anos, foi preso no Laos

Portas Abertas • 29 ago 2022


Soy foi presa junto com outros cristãos enquanto participava de um culto no Laos. Na época, ela tinha apenas 14 anos

Soy foi presa junto com outros cristãos enquanto participava de um culto no Laos. Na época, ela tinha apenas 14 anos

Nós já contamos sobre como Soy e sua família, que vivem no Laos, conheceram a Cristo. A jovem conta: “Após me tornar cristã, eu participava dos cultos de adoração todos os domingos em uma pequena cabana no meio de um campo de arroz. Aquele era o único lugar seguro para adorarmos”. Depois de um mês de encontros sem perturbação, o chefe da vila apareceu e exigiu que os cristãos deixassem sua fé, já que a vila não cria em Jesus. Mas os cristãos se negaram com firmeza. Eles sabiam que não estavam fazendo nada de errado.

Entretanto, no domingo seguinte, o chefe da vila se uniu aos chefes de outras vilas próximas para monitorar a igreja e relatar as atividades para a polícia. “Nós estávamos reunidos na cabana quando, de repente, sete policiais, quatro chefes de vilas (incluindo o nosso) e diversos vizinhos entraram e insistiram que nós deveríamos negar nossa fé.”


Pela segunda vez, eles recusaram. “‘Não vamos deixar de acreditar em Deus e adorá-lo. Se vocês quiserem nos prender por causa disso, vão em frente’, foi o que falamos para eles. A polícia e os chefes da vila esperaram por nós até que terminássemos o culto. Eles cercaram cada canto para garantir que ninguém escapasse e nos convidaram a entrar no veículo. Levaram todos direto para a prisão em outra província. A prisão era cercada por grandes muros e arame farpado.”


Soy admite que não sabia nenhuma passagem bíblica na época ou músicas para cantar na cela que pudessem confortá-la. “Eu não tinha muito conhecimento da Bíblia ainda. Era apenas uma nova convertida. Tudo que fiz foi chorar nos primeiros dias na cela. Eu só queria sair.”


Mas a tia dela, que também foi presa, disse: “Não se preocupe, vamos ficar bem porque não fizemos nada de errado. Eles vão nos soltar em breve”. A paz e a confiança nas palavras da tia confortaram Soy. Logo, elas começaram a compartilhar o evangelho com outras presas na cela delas. No fim das contas, a tia dela estava certa, afinal, não muito tempo depois elas foram soltas.


Coragem para resistir

“Na manhã do sexto dia na prisão, os policiais nos pressionaram a assinar os documentos em que negaríamos nossa fé. Eu fui com minha tia. Eles disseram: ‘O cristianismo não é uma boa religião, então parem de praticá-lo. Não queremos que essa religião se espalhe em nossa área. Se vocês assinarem este documento e concordarem em renunciar sua fé, deixaremos vocês irem para casa hoje’.”


Independentemente do quanto pressionaram Soy e a tia dela, elas se recusaram a assinar o papel. E o inesperado aconteceu. “Uma hora depois, levaram os documentos embora e providenciaram os papéis da nossa soltura. Nós assinamos e fomos para casa naquele dia.”


Os 14 cristãos, incluindo Soy e a tia dela, foram soltos naquele dia. A forte fé em Deus deu a elas coragem para resistir à pressão de abandoná-lo — e Deus se mostoru fiel. Entretanto, a alegria da soltura acabou quando Soy chegou em casa.


“Os moradores da vila me olhavam de um jeito estranho e ninguém queria conversar comigo. Ao ir para a escola, os professores me ignoraram. Meus amigos começaram a fazer bullying comigo. Eu me senti com medo, sem esperança e sozinha.” Então, Soy se mudou de cidade para continuar os estudos, ficando distante de casa e da família. Mas lá, encontrou uma nova comunidade que a apoia e ama. 


“Eu sou muito grata pela ajuda que recebi do pastor Sanguan*, que cuida de estudantes pobres ou perseguidos pela família. Ele me deu uma casa e amigos. Eu não me sinto sozinha aqui. Também sou grata pela irmã Hannah*, uma parceira local da Portas Abertas. Por causa do amor de Deus, recebi apoio para comprar comida e pagar as mensalidades da escola. Sem vocês, não poderia continuar estudando. Sou grata pelo seu apoio.”


*Nomes alterados por segurança.


Ajuda imediata para cristãos presos

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