Separados para o Reino

Portas Abertas • 27 fev 2017


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Ao longo de toda a história do cristianismo muitos fiéis foram testados, provados e até ameaçados por não negar a Deus ou simplesmente por não se ""conformarem"" com o mundo. Daniel, por exemplo, recusou as regalias do rei para não se contaminar (Dn 1.8). Sadraque, Mesaque e Abednego não se prostraram diante da estátua de ouro oferecida por Nabucodonosor (Dn 3.14), mesmo sabendo que seriam lançados na fornalha de fogo ardente.

Será que em nossos dias ainda há cristãos dispostos a arriscar suas vidas assim? Como vive a igreja ao redor do mundo e quais os desafios atuais? A Bíblia diz que não há harmonia entre a luz e as trevas, portanto, qual a ligação que há entre as comemorações do mundo com a rotina da igreja? É lícito, por exemplo, que os cristãos estejam em festas como o carnaval? Ou que faça parte de eventos de outras crenças? Vamos ver o que dizem os cristãos da Igreja Perseguida:

""Uma vez, no trabalho, meus colegas levaram comida para o escritório durante o Ramadã, porque o refeitório estava fechado. Em seguida, comeram em segredo. Eu preferi não fazer isso, porque eu acredito que, demonstrando respeito aos muçulmanos, o interesse por conhecer Jesus possa surgir"", conta a jovem Sarah, de Bangladesh. O comportamento da cristã mostra como muitas pessoas encontram no período de festas tradicionais oportunidades para compartilhar o amor de Cristo. Estima-se que um quarto da população mundial pratique o Ramadã em cerca de 50 países.

Na Índia, houve uma ocasião em que um grupo de cristãos foi atacado por cerca de 50 pessoas depois de se recusarem a participar de um festival hindu. Aldeões ordenaram que eles fizessem doações e cooperassem com o festival, mas quando eles decidiram ficar em casa em vez de prestar culto a deuses hindus, a multidão ficou enfurecida. Eles invadiram as casas dos cristãos e começaram a agredi-los.

Em 2015, no Irã, mais de 20 pessoas foram presas durante uma comemoração do Natal. No Iraque, a festa natalina deve acontecer secretamente. ""Fico feliz em ver decorações de Natal aqui no norte, ou na Síria"", disse um cristão que fugiu de Mossul. ""De onde vim, isso não é mais possível. Quando colocamos uma cruz ou um ornamento na porta de casa, atiram nele e nos donos da casa também. Nós gostamos de cantar músicas de natal, mas temos medo, então nem fazemos nada.""

A Páscoa ainda acontece para os iraquianos em algumas aldeias próximas de locais controlados pelo Estado Islâmico, os seguidores de Jesus não têm medo de relembrar publicamente a ressurreição do seu Salvador. ""A Páscoa nos dá uma nova esperança. Estamos celebrando a ressurreição de Jesus Cristo, mas também estamos olhando para frente, para uma ressurreição dentro dos nossos corações"", disse um cristão local.

A Coreia do Norte comemorou os 70 anos dos governantes do país, em 2015, e talvez esta tenha sido a maior festa de sua história, enquanto isso, os cristãos permaneceram presos nos campos de trabalho forçado. ""Ao se esconder atrás de uma postura de exílio auto-sustentável, o país tem escapado ileso de graves crimes. O governo promoveu a existência de alguns grupos religiosos para criar a ilusão de liberdade religiosa. Mas na verdade, essa nação representa o lugar mais difícil do mundo para os cristãos viverem"", conclui um analista de perseguição.

""Todos estes ainda viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-nas de longe e de longe as saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos na terra."" (Hebreus 11.13)

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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