Portas Abertas • 5 abr 2021
A medida do governo do Sri Lanka preocupa grupos de direitos humanos de todo o mundo
De acordo com o portal de notícias americano Human Rights Watch (HRW), o governo do Sri Lanka deve excluir uma lei antiterrorismo do país. De acordo com as regulamentações de "Prevenção ao Terrorismo", os cidadãos podem ser mantidos em detenção por até dois anos sem julgamento sob a acusação de causar "desarmonia religiosa, racial ou comum", disse a HRW.
"O regulamento permite amplamente que as autoridades detenham e reabilitem qualquer pessoa que por palavras ditas ou destinadas a ser lidas ou por sinais ou por representações visíveis cause a prática de violência ou desarmonia religiosa, racial ou comum ou sentimentos de má vontade ou hostilidade entre diferentes comunidades ou grupos raciais ou religiosos", disse o grupo de direitos humanos.
Além dos muçulmanos e dos hindus, os cristãos também foram alvo da Lei de Prevenção ao Terrorismo. "Você não pode escrever nada no Facebook. Não nos sentimos seguros para nos expressar. Eles poderiam prendê-lo sob qualquer pretexto", compartilhou um ativista cristão ao portal de notícias. No início deste ano, uma funcionária da ONU para os Direitos Humanos, alertou que a impunidade, o discurso de ódio e a militarização do governo no Sri Lanka estavam ameaçando os direitos humanos.
No Sri Lanka, o cristianismo é visto como uma religião estrangeira. Ser singalês significa ser budista; a conversão é considerada traição e converter-se do budismo só é possível quando se é forçado, de acordo com a crença geral. O país ocupa o 52º lugar na Lista de Países em Observação 2021, onde os seguidores de Jesus enfrentam perseguição por parte do governo, comunidade, familiares e grupos extremistas.
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