Portas Abertas • 18 jul 2023
No funeral da jovem Amina, um muçulmano se entregou a Jesus
Há pouco mais de um mês, o grupo extremista Forças Aliadas Democráticas (ADF, da sigla em inglês) atacou a escola Lhubiriha, em Uganda. Eles mataram ao menos 42 vítimas. Os cristãos na região permanecem apreensivos pela possibilidade de novos ataques.
“A igreja ainda está com muito medo, mas temos esperança de que Deus continuará nos guiando", conta o pastor Mirundu. Quatro estudantes assassinados eram pastoreados por ele.
Mesmo em meio a dor, a pouco metros da escola, jovens sobreviventes se reúnem aos domingos para louvar a Deus e cantam “ainda que eu morra, ressuscitarei”. Mas o testemunho dos que partiram também geram impacto.
Amina, uma jovem cristã de origem muçulmana, foi uma dos 37 estudantes assassinados. Antes do ataque, ela havia sido expulsa de casa com a mãe. Desde então, parceiros locais da Portas Abertas e membros de uma igreja local acolheram a cristã, que tinha 15 anos, e sua mãe.
O processo de luto tem sido ainda mais doloroso porque a família descobriu que o corpo sepultado em junho não era de Amina, mas de outra moça. Há alguns dias encontram o corpo verdadeiro na fronteira com a República Democrática do Congo.
Os legistas fizeram o reconhecimento de DNA comparado ao da mãe, que confirmou a identidade da jovem. Por isso, a família decidiu fazer um novo funeral, na igreja onde Amina congregava. Mas eles não imaginavam que o momento de despedida da filha seria o local de nascimento de um novo cristão.
“Um dos muçulmanos que estava participando do funeral disse que ver tantos radicais matarem estudantes inocentes em nome de Alá fez com que ele questionasse a própria fé. Mas não podemos compartilhar muitos detalhes sobre nosso novo irmão na fé, pois está sob ameaça de morte”, disse um parceiro local que estava no velório.
“Me disseram que eu não deveria existir, que serei morto. Tenho medo, como qualquer ser humano, mas acredito que Jesus vai me guiar. Para mim, mesmo que me matem, eu estarei no céu com Amina”, disse o cristão recém-convertido.
O pastor Mirundu pede nossas orações. “Deus ainda está no controle. Peço a vocês que continuem orando por nós que congregamos perto das fronteiras de Uganda e próximo às florestas onde o ADF se esconde”, pede o pastor.
Pedidos de oração
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