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Quando é a independência do Sudão?

Apesar do incentivo à liberdade religiosa nos últimos anos, os cristãos ainda são perseguidos no Sudão
Portas Abertas • 02 jan 2022
O Sudão se tornou independente após um movimento dos sudaneses

Ontem, 1º dejaneiro, foicomemorada a independência doSudão.O país fazia parte do SudãoAnglo-Egípcio e, depois da Segunda Guerra Civil Sudanesa, tornou-se independente após um movimento dos sudaneses que reivindicaram a independência do país.Tensões políticas e religiosas minaram a estabilidade doSudão. Em 1956,aconteceua guerra civil, iniciada noSul,com gruposde tradição cristã e animista de expressão africana,contra o Norte, dereligião muçulmana.

A data é celebrada desde 1956, mas os cristãos no país não têm muito o que comemorar. No Sudão, muitas igrejas foram destruídas, e vários cristãos foram presossob o regimeda sharia (conjunto de leis islâmicas). Por lá, os seguidores de Jesus enfrentamrestrições individuais e coletivas.

Até 2011, o Sudão era o maior país da África e do mundo árabe,antes deo Sudão do Sul se separarcomo nação independente.Naquele ano,milhares de cristãos forammortosemataques, que muitos acreditamter sidouma limpeza étnica depovosminoritários, especialmente cristãos. Opaís tem incentivado a liberdade religiosadesde 2020, mas os cristãosex-muçulmanosainda enfrentam perseguição extrema da família edacomunidade.

O islã deixou de ser a religião oficial do paísem setembro de 2020. Em novembrodo mesmo ano, foi realizada uma conferênciana qualos líderes assinaram uma declaração para promover a liberdade de culto e a paz entre todas as comunidades do país, incentivando o diálogo entre as pessoas de diferentes crenças.Os cristãosex-muçulmanosnão enfrentam mais a pena de morte por deixar o islã, masaindapodem ser atacadose discriminados se afé for descoberta.

Pela primeira vez na história do país,pessoas poderiam ser culpadas por atacar cristãos. O que se tornou algo positivo para o país que tem caminhado para se tornar laico.Cerca de noveextremistastiveram que comparecer ao tribunal para prestar esclarecimentos sobre uma série de ataques incendiários a prédios cristãos. Além disso,oito líderes religiosos foram inocentadosde acusações sobre apropagaçãodo evangelho.