Posição no ranking:
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A Eritreia permanece no Top10 da Lista Mundial da Perseguição há anos, a ponto de ser conhecida como a “Coreia do Norte da África”. Apenas as igrejas Ortodoxa Eritreia, Católica Romana e Luterana são reconhecidas no país, porém são monitoradas pelo governo. Qualquer pessoa que frequente uma outra denominação está em risco de ser presa. Além disso, falar abertamente sobre perseguição ou interferência do governo em assuntos da igreja não é tolerado.
Quando descobertos, cristãos de denominações não reconhecidas pelo governo são enviados para prisões insalubres por tempo indeterminado. As estimativas sugerem que cerca de mil cristãos eritreus estejam presos, sem acusação formal de qualquer crime. Há membros de algumas igrejas domésticas que estão na prisão há mais de dez anos e vivem confinados em pequenas celas ou até solitárias.
O governo vigia todos os cidadãos da Eritreia e promove um estigma contra os cristãos. Isso significa que qualquer pessoa que se converta do islã ou deixe a Igreja Ortodoxa Eritreia para fazer parte de uma igreja evangélica estará sujeito a intensa pressão da família e comunidade, bem como do governo.
Parceiro da Portas Abertastestemunha sobre Abdullah, um líder religioso da Eritreia
Na Eritreia, ser cristão pode significar ser preso por tempo indeterminado, simplesmente por seguir a Jesus. As cristãs ficam em uma rede de prisões subterrâneas da Eritreia e enfrentam violência física e sexual. Algumas vezes, mulheres são forçadas a fugir por correrem risco de serem presas em decorrência da conversão de algum membro da família. Além disso, as mulheres são obrigadas a participar no serviço militar, em que as cristãs podem sofrer violência sexual. Então, muitas fogem para evitar servir as Forças Armadas.
As cristãs de origem muçulmana sofrem pressões adicionais e podem ser raptadas, presas em casa, forçadas a se casar ou se divorciar e perdem a guarda dos filhos. Se uma cristã for raptada por um muçulmano e forçada a se casar com ele, ela será forçada a seguir o islã. Mesmo em lares onde não ocorre violência, as mulheres que se convertem podem ser menosprezadas e perdem o apoio financeiro, como o pagamento de taxas escolares. Em alguns casos, essas mulheres podem ser expulsas de casa sem qualquer tipo de apoio.
Os homens cristãos de origem muçulmana correm o risco de sofrer violência física, incluindo espancamentos e prisão. Tal como as mulheres, os homens que são descobertos como cristãos podem ser enviados para a prisão sem prazo para a soltura. Mas isso acontece especialmente com os líderes da igreja.
A prisão dos cristãos chefes de família pode deixar seus familiares em grave crise financeira. Além disso, depois de serem supostamente libertados da detenção, os homens podem ser forçados a servir nas Forças Armadas da Eritreia. Por isso, muitos jovens cristãos fogem do país.
A Portas Abertas trabalha por meio de igrejas parceiras locais na Eritreia para fornecer projetos de desenvolvimento econômico, treinamento para enfrentar a perseguição e discipulado.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Eritreia são: paranoia ditatorial, protecionismo denominacional, corrupção e crime organizado e opressão islâmica.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Eritreia são: oficiais do governo, redes criminosas, partidos políticos, líderes religiosos cristãos, cidadãos e quadrilhas, parentes.
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