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A combinação do crescente nacionalismo religioso e da ênfase nos valores islâmicos por parte do governo intensificou a pressão sobre os cristãos na Turquia.
Os cristãos expatriados são forçados a deixar o país ou proibidos de regressar, incluindo aqueles com cônjuges e filhos turcos. As comunidades cristãs históricas são regularmente monitoradas e estão sujeitas ao controle e às limitações do governo.
Embora a conversão do islã ao cristianismo não seja legalmente proibida, qualquer um que não seja muçulmano, ou que se converta a uma fé diferente, é visto como um turco infiel. Os cristãos são vistos como uma influência ocidental negativa, e aqueles que escolhem seguir a Jesus podem enfrentar pressão da família e da comunidade para renunciarem à nova fé.
Mesmo os cristãos de origens étnicas minoritárias, como os gregos e os armênios, sentem a pressão nos vários desafios legais e burocráticos. É fácil para os empregadores rejeitarem funcionários cristãos, pois a informação sobre a religião está contida no chip do documento de identidade.
A Turquia também acolhe cristãos de origem muçulmana de países como Irã, Afeganistão, Síria e Iraque. Além da pressão da sociedade turca e dos funcionários do governo, esses seguidores de Jesus enfrentam pressão da própria família e da comunidade. Muitos têm medo de entrar em contato com as igrejas locais devido ao risco de serem descobertos pelos membros da comunidade a que pertencem.
Mahmood, cristão atingido pelos terremotos em 2023
Na maior parte da sociedade islâmica turca, as mulheres têm menos autoridade do que os homens e estão sujeitas ao controle familiar. Há uma expectativa de que elas honrem as suas famílias por meio das suas decisões. Por isso, uma mulher muçulmana que se torna cristã ou se casa com um cristão contradiz essa expectativa e pode enfrentar prisão domiciliar, rejeição, abuso verbal, violência física e sexual.
As cristãs de origem muçulmana em áreas rurais correm mais risco, pois o islamismo implementado é mais radical. As mulheres e meninas que não aderem aos códigos de vestimenta islâmicos correm risco de assédio, insulto e até violência.
Na Turquia, espera-se que os homens sejam defensores do islã e do caráter turco, conceitos alinhados na percepção pública. A pressão para corresponder a essa expectativa pode impedi-los de visitar uma igreja. Os cristãos de origem muçulmana podem enfrentar ameaça, prisão, perda de emprego e de herança ou expulsão da família.
Durante o serviço militar obrigatório, os cristãos são vistos com suspeita por seus superiores e enfrentam intimidação por parte de outros soldados. Um recruta convertido precisou manter a fé em segredo porque se tornou quase impossível manter qualquer forma de prática devocional no Exército.
A Portas Abertas levanta campanhas de oração pelos cristãos perseguidos e, por meio de parceiros locais, concede formação e socorro imediato a refugiados de língua persa na Turquia.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Turquia são: opressão islâmica, nacionalismo religioso, paranoia ditatorial, hostilidade etno-religiosa, opressão do clã.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Turquia são: oficiais do governo, cidadãos e quadrilhas, parentes, partidos políticos, líderes religiosos não cristãos, grupos religiosos violentos, líderes de grupos étnicos.
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